Apesar de saber que estamos aqui só de passagem, sempre achamos que nós somos mandado para a Terra para realizar três grandes feitos: aprender a amar, ensinar a amar e mudar a vida de alguém. Talvez a razão do amigo Nestor Alexandre Perehouskei ter nos deixado tão cedo é que ele veio para cá apenas para realizar duas: nos ensinar a amar e a mudar as nossas vidas. Nestor já sabia amar. Nestor amava as pessoas com uma intensidade e facilidade sem igual.
Tinha um sorriso contagiante sempre guardado para qualquer um, independente de como o seu dia estivesse. Era sempre um dia ensolarado como o de hoje, como os das muitas contribuições que deixou para a graduação e pós-graduação em Geografia do Campus Universitário de Rondonópolis, ouvia nossos problemas e nós os teus – mesmo que nem sempre você quisesse desabafar, como das muitas mensagens e ligações em que você dizia: “eu preciso ver gente”.
Nos dizia para dançar como se ninguém estivesse olhando. Ele não apenas dançava, mas vivia intensamente a vida, ou seja, a vida era uma festa contigo. Também nos ensinou a amar, um amor amigo, que não julga ninguém. Afinal nós todos temos um lado de loucura. Alias, isso nos lembra uma letra de música que você gostava de ouvir de Ney Matogrosso, “Dizem que sou louco por pensar assim. Se eu sou muito louco por eu ser feliz. Mas louco é quem me diz. E não é feliz, não é feliz”.
Você nos ensinou fazer pesquisa e ser fiel às fontes, tirar pequenas coisas da geografia para vida. Você iluminou vários caminhos de seus orientandos e amigos. Você mudou a vida de todos nós. Não há quem te conhecesse que não passasse pelo “efeito Nestor”. Você era Nestor que era impossível não se sentir ao lado de um amigo, mesmo que tenhamos te conhecido há tão pouco tempo. Amigo, você fazia bem para as pessoas e elas para você.
A maior dor para nós, quando alguém que marcou nossas vidas parte, é não saber se elas estão bem, não poder ligar e dizer: “só liguei para saber como o amigo está”. Mas sabemos que contigo não precisamos nos preocupar. E sabemos que você está cercado de amigos, e provavelmente, o Céu ficou mais alegre e brilhante com tua chegada, ainda que precoce tua partida. Não seria você se não houvesse um pouco de drama “mexicano.” Até algum dia amigo.
(*) Ney Iared Reynaldo e Shirlei Fernandes de Oliveira Miyashiro, eternos amigos de Nestor Alexandre Perehouskei
