Após ser velado na União Familiar, na Vila Operária, o corpo de Abelino Cardoso será sepultado na manhã de hoje (15), às 8h, no Cemitério São João Batista, o Cemitério da Mata Grande. Um dos pioneiros no futebol amador de Rondonópolis, Abelino faleceu na manhã de ontem (14), por volta das 9h30, no Hospital Regional, aos 89 anos.
De acordo com um dos filhos do vigilante aposentado, Juracy Cavalcante Cardoso, seu pai começou a ter problemas cardíacos e passou quatro dias internado no box de emergência da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. Depois, foi transferido para a UTI do Hospital Regional, onde permaneceu por mais oito dias.
Ainda segundo Juracy, consta no atestado de óbito que a causa da morte do seu pai foi em decorrência de insuficiência renal crônica, insuficiência cardíaca e doença pulmonar.
A VIDA DO PIONEIRO
Abelino Cardoso nasceu em Barreiras, no estado da Bahia, e veio para Mato Grosso na década de 1960. Morou primeiramente em Poxoréu e se casou com Maria Cavalcante Cardoso, em 1964. Nessa época ele trabalhou como garimpeiro.
Em 1971 passou a residir em Rondonópolis, onde exerceu a profissão de jardineiro, e começou a trabalhar como vigilante no Hospital Santa Casa de Misericórdia em 1973, atuando durante 24 anos até se aposentar. Porém, Abelino teve grande relevância para o futebol amador da cidade.
Conforme Juracy Cardoso, seu pai foi quem fundou o Birigui Esporte Clube, no Bairro Vila Birigui, cujo campo era localizado onde hoje está instalada a clínica de nefrologia da cidade. Nessa agremiação, Abelino trabalhou com times amadores masculinos e femininos, que inclusive disputaram competições organizadas pela Liga Esportiva de Rondonópolis (LER).
Abelino também foi o responsável por criar uma das primeiras escolinhas de futebol na região da Vila Birigui, que revelou vários jogadores tais como Newton e Washington.
“Meu pai foi, acima de tudo, um exemplo de honestidade. Ele nos ensinou a ter caráter e respeito pelas pessoas. Além disso, ele sempre nos falou que ‘o que é seu é seu, e o que é dos outros é dos outros’. Então caso nós quiséssemos alguma coisa ele afirmava que a gente deveria lutar e trabalhar para alcançar os nossos objetivos”, ressaltou Juracy Cavalcante Cardoso.
Casado com Maria Cavalcante Cardoso, que faleceu em 22 de dezembro de 2016, em Rondonópolis, Abelino Cardoso teve com ela quatro filhos, sendo um homem, Juracy, e mais três mulheres, Jusciney, Juscilene e Juscineide Cavalcante Cardoso, e um filho fora do casamento. Além dos filhos, o pioneiro deixou seis netos e três bisnetos.
