Tremor de terra de magnitude 3,5 graus na Escala Richter foi sentido na manhã desta quarta-feira (31)
O tremor de terra que afetou Rondonópolis na última quarta-feira (31), que aparentemente não havia provocado prejuízos materiais a nenhum morador, foi sentido com maior intensidade na região do Assentamento Carimã, local em que uma família ficou com a casa repleta de rachaduras após o abalo. Lídia Tenório, que mora no Assentamento, esteve no A TRIBUNA e contou o susto que passou.
“Primeiro eu achei que era uma explosão, do avião que passa veneno nas plantações. Foi um barulho muito forte e o chão tremeu. Foi uma coisa muito rápida, questão de segundos, mas depois vimos as rachaduras na casa”, conta. A moradora mostrou alguns registros das paredes de cômodos rachados e até rachaduras no chão da residência.
Conforme o relato, os animais também se assustaram com o tremor. “O gado correu para um outro pasto quando tremeu. No outro dia, deu um trovão e o gado saiu em disparada. Até as galinhas estão com medo”, relata. Além das rachaduras, o telhado da casa também ficou prejudicado após o abalo, já que o movimento acabou quebrando ou deslocando telhas.
O tremor teve seu hipocentro localizado a 35 km de Pedra Preta, 40 km de Rondonópolis e 64 km de São José do Povo. O epicentro, conforme o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis/UnB), não aconteceu no perímetro urbano do município e, provavelmente, aconteceu entre Rondonópolis e Pedra Preta.
A cidade teve, em sua história, o registro de seis terremotos. O mais forte deles aconteceu em 1941, de 4,4 graus na Escala Richter. Conforme especialistas da área, a região está inserida em uma zona de falha rochosa muito grande, que vai do Mato Grosso até o Pará. Contudo, apesar de os tremores serem comuns, a informação é de que as chances de ocorrência de abalos com maior magnitude são mínimas.
