Olhar a zona rural

Se quem mora na zona urbana já está tendo muita dificuldade para trafegar em muitas vias de Rondonópolis nesta época da chuva, imagina quem mora na zona rural do município. Não por menos que a reclamação é geral entre os moradores e produtores da nossa zona rural.
Estradas em estado crítico e pontes danificadas são os principais problemas enfrentados neste período nas nossas comunidades do campo. Mesmo assim, quem mora nesses lugares rurais aponta que o poder público é comunicado da situação, mas nada faz para resolver os problemas.
E já tem sido assim há alguns anos… Os produtores e moradores rurais enfatizam que não podem contar com a Prefeitura para fazer um simples cascalhamento de pista. O pior é que, na época da seca, a estrutura da administração não é suficiente para atender toda a demanda.
O que mais incomoda essa gente do campo são as informações do recebimento frequente de recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) por parte da Prefeitura de Rondonópolis, para serem usados em manutenção de rodovias não pavimentadas, e também na recuperação e construção de pontes.
Diga-se de passagem que Rondonópolis está na lista dos municípios que mais recebeu recursos do Fethab nos últimos anos em Mato Grosso. O que não conseguimos entender é que, mesmo assim, porque a administração municipal não consegue fazer um trabalho a contento na zona rural.
Por outro lado, por que outras cidades do Estado que recebem bem menos que Rondonópolis conseguem atender razoavelmente a demanda das suas estradas vicinais? Falta, no mínimo, mais informação e prestação de contas para as comunidades rurais, expondo a realidade e estrutura do Município!
O ideal seria que a Prefeitura tivesse um plano de ação eficiente para atender todas as comunidades rurais, tanto na época da seca como das chuvas. Além disso, a promessa de aquisição de patrulhas mecanizadas, através de empréstimo junto ao Banco do Brasil, conforme anunciado pelo Município, até hoje não se concretizou.
Quem trabalha tanto, sofre tanto na lida do campo, além de contribuir grandemente com nosso progresso, merece um olhar bem mais atencioso da nossa gestão, a começar com um acesso digno às propriedades.