Conforme a estiagem se intensifica, os focos de incêndio no Município de Rondonópolis também apresentam crescimento. Somente no mês de julho, o Corpo de Bombeiros do Município atendeu 77 ocorrências de incêndios. Em junho foram 63 atendimentos, contra 23 no mês de maio. A cidade já ultrapassou a casa dos dois meses sem chuva, já que a última foi registrada no dia 21 de maio, e a umidade relativa do ar tem registrado média de 30% durante o dia, chegando a ficar abaixo dos 20%, número considerado estado de atenção.
O clima seco e quente tem contribuído para as queimadas, geralmente provocadas pela ação humana, como por exemplo a que foi registrada na tarde de ontem (31) às margens da BR-364, próximo a Pedra Preta, em que o Corpo de Bombeiros de Rondonópolis precisou agir e conter as chamas.
“Além dos danos ambientais, também provoca riscos para os motoristas que passam pela rodovia”, lembrou o tenente Campello, do 3º Batalhão de Rondonópolis. A principal suspeita é de que o fogo possa ter sido provocado por alguma bituca de cigarro lançada por alguém que passava pela rodovia.
Nem bem terminou o trabalho de contenção de incêndio no Município vizinho, e uma nova ocorrência já estava esperando pelos militares, desta vez no Anel Viário, em Rondonópolis. Para este ano, o Corpo de Bombeiros firmou uma parceria com a Prefeitura de Rondonópolis, que garantiu equipes extras para atuar neste período crítico. Sem previsão de chuva para os próximos dias, a situação pode se agravar, e as autoridades pedem a colaboração da população, não ateando fogo e denunciando quem comete este tipo de crime ambiental.
MATO GROSSO
O estado liderou o número de queimadas no mês de julho, segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ao todo, até o dia 29 de julho os satélites do órgão registraram 7,8 mil focos nos municípios de Mato Grosso. Pará e Tocantins, que aparecem na lista em segundo e terceiro lugar, respectivamente, registraram 5,3 e 4,4 mil focos. Apenas em julho, de acordo com o levantamento, Mato Grosso teve cerca de 2,7 mil focos de queimadas. O número é 30% maior que no mês de junho.
A verdade é que a grande maioria dos incêndios acontecem pela irresponsabilidade de pessoas, que não pensam nas consequências.