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Rondonópolis
, 18 maio 2024
 
 

“Tudo que esteve ao meu alcance eu fiz pela cidade”

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O engenheiro agrônomo Carlos Eloy Prata, hoje com 71 anos, é um dos pioneiros de Rondonópolis com maior contribuição nos mais diversos setores do município. Atuou na agricultura, educação, na vida social, esportiva, cultural, política, econômica, religiosa e de lazer da cidade. O Jornal A TRIBUNA destaca em sua edição de hoje a trajetória desse pioneiro com importante papel na história local.


Carlos Eloy Prata, hoje aos 71 anos: o primeiro engenheiro agrônomo de Rondonópolis - Foto: Deivid Rodrigues/A TRIBUNA
Carlos Eloy Prata, hoje aos 71 anos: o primeiro engenheiro agrônomo de Rondonópolis – Foto: Deivid Rodrigues/A TRIBUNA
Registro de Carlos Eloy Prata, por ocasião de formatura - Foto: Arquivo
Registro de Carlos Eloy Prata, por ocasião de formatura – Foto: Arquivo

Nascido em Paranaíba (MS), criado em Uberaba (MG) e realizado na vida em Rondonópolis (MT), Carlos Eloy Prata sempre é muito lembrado na cidade em função da sua história no Rotary. Contudo, sua história no município abrange as mais diversas áreas e setores, com relevante contribuição ao desenvolvimento local.
Carlos fez curso técnico em Barbacena (MG) e, na sequência, o curso de Engenharia Agronômica, em Goiânia (GO). Em 1964, antes de fazer a faculdade, conheceu e se mudou com os pais para Rondonópolis. Depois que se formou, em 1969, passou a morar em definitivo aqui no município. Ele casou, em 1971, com Solange Gonçalves Prata, tendo quatro filhos: Cláudio, Marcelo, Carolina e Mariana. O Marcelo foi a primeira criança que nasceu na Santa Casa de Rondonópolis. Hoje ele tem seis netos.
Na área profissional, a vida inteira de Carlos Prata foi dedicada à Agronomia. Aliás, ele foi o primeiro engenheiro agrônomo de Rondonópolis e o primeiro a montar uma firma de planejamento nessa área em Mato Grosso. Lembra, até hoje, que o primeiro trabalho foi uma avaliação para o Banco do Brasil para o produtor Geraldo Santiago.
Em toda a trajetória profissional, Carlos Prata contabilizou mais de 19.650 projetos realizados na área da engenharia agronômica, prestando serviços para instituições bancárias diversas. Por um período foi superintendente da Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural).
Ele acompanhou toda a evolução da agricultura do estado de Mato Grosso. “O primeiro pé de soja plantado em Rondonópolis foi de um cliente meu: a Agropecuária Guarita. Nós trouxemos dois sacos de soja do Rio Grande do Sul no porta-malas de um carrinho pequeno e plantamos, no começo da década de 1970”, conta.
Na área da educação, o pioneiro lembra que começou a lecionar desde quando era estudante em Minas Gerais. Em Rondonópolis, lecionava à noite no antigo Científico, equivalente ao Ensino Médio hoje. Inclusive, foi um dos professores do empresário Samuel Logrado, diretor do Jornal A TRIBUNA. Durante o dia, trabalhava nas fazendas da região. Ao todo, atesta que foram mais de 20 anos atuando como professor contratado.
No começo da década de 1970, Carlos destaca que foi um dos primeiros contribuintes do Jornal A TRIBUNA, onde escreveu por cerca de dois anos uma coluna sobre agricultura. Naquela época que chegou em Rondonópolis, lembra que demorava até um dia para se deslocar até Pedra Preta, em função do atoleiro. A passagem de ônibus até Cuiabá, segundo ele, era mais cara que de avião.
Na fase antiga da exposição agropecuária do município, o engenheiro agrônomo foi o coordenador de várias edições do evento. Inclusive, aponta que foi um dos fundadores da antiga Associação de Criadores do Sul de Mato Grosso, que comprou e doou a área do atual parque de exposições ao Sindicato Rural de Rondonópolis. Também atesta que atuou na fundação da Associação de Empresários de Rondonópolis (AR), que efetivou grande ajuda financeira ao Sindicato Rural.
Em relação à vida política, Carlos Prata sempre atuou em partidos políticos no município. Era um dos militantes da Arena, onde foi presidente do partido. Ele atesta que, no começo da década de 1970, a apuração dos votos em Rondonópolis demorava até mais de uma semana para ser finalizada. Hoje em menos de 2 horas já se tem o resultado. A apuração era voto a voto na Escola Marechal Dutra.
O pioneiro, nas apurações, exercia a tarefa de uma espécie de ajudante oficial do juiz. Diante das ameaças de se jogar pedaços de corrente na fiação e interromper o fornecimento de luz para a apuração, conta que um forte aparato de segurança era montado e com vários lampiões de reserva. Para apuração, era comum se fazer um mapa da votação com duas folhas de cartolina, pregadas uma na outra, onde se somava e escrevia tudo à mão.
Na verdade, Carlos tem contribuição em muitos segmentos do município. Na vida religiosa, ele repassa que foi um dos que trouxe o Cursilho de Cristandade em Rondonópolis, cuja primeira edição se deu em 1972, com grande trabalho de evangelização da sociedade local. No futebol, diz que foi o primeiro presidente de time profissional da cidade, no caso por ocasião da fundação do antigo Rondonópolis Atlético Clube.
No entanto, uma das maiores paixões de Carlos nesse período todo sempre foi o Rotary Internacional. Ele hoje é o rotariano mais antigo existente em Rondonópolis. Começou a atuar no Rotary Club de Rondonópolis e, depois, fundou o Rotary Club de Rondonópolis Leste, em 1977. Sem sair do clube de origem, trabalhou também na fundação do Rotary Club de Rondonópolis Distrito de Vila Operária, Rotary Club de Rondonópolis Rondon, Rotary Club de Rondonópolis Rio Vermelho, além de outros na região.
Ele foi presidente por duas vezes do Rotary Club de Rondonópolis Leste. A vida como rotariano resultou no engajamento nas mais diferentes causas, como construção de ponte no Rio Vermelho, instalação de linha telefônica, vinda da universidade federal, entre outras. Por ocasião dos 20 anos do clube na cidade, escreveu um livro e contabilizou, até aquele momento, o envolvimento da entidade em 253 ações em prol da sociedade local.
Para exemplificar a diversidade da sua atuação na cidade, Carlos Prata informa que foi o idealizador do carro de boi na Praça dos Carreiros, na gestão do ex-prefeito Walter Ulysséa. “Quando eu deito e durmo, penso: a única coisa que fiz na minha vida foi ajudar minha cidade. Tudo que esteve ao meu alcance eu fiz pela cidade”, assegurou para a equipe do Jornal A TRIBUNA.
Na avaliação do pioneiro, o futuro de Rondonópolis é continuar crescendo. “Cuiabá que se prepare porque nós vamos fazer sombras em Cuiabá com nossos prédios. Assim como Campo Grande ultrapassou Cuiabá, Rondonópolis também ultrapassará”, sentencia.

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1 COMENTÁRIO

  1. Não existem mais homens de fibra, ideal, garra, determinação e caráter como antigamente. Carlos Eloy é um exemplo a ser seguido, pois somente assim os horizontes se ampliarão ainda mais.

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