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, 21 maio 2024
 
 

A importância do bibliotecário na formação educacional

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Marisa Inês da Silva Pinheiro e André de Souza Pena, professores da UFMT de Rondonópolis, em companhia da bibliotecária Lucileia Rosa de Queiroz - Foto: Roberto Nunes
Marisa Inês da Silva Pinheiro e André de Souza Pena, professores da UFMT de Rondonópolis, em companhia da bibliotecária Lucileia Rosa de Queiroz – Foto: Roberto Nunes
Alexandre Gusmão e Edileusa Regina Pena da Silva, professores do curso de biblioteconomia da UFMT em Rondonópolis - Foto: Deivid Rodrigues
Alexandre Gusmão e Edileusa Regina Pena da Silva, professores do curso de biblioteconomia da UFMT em Rondonópolis – Foto: Deivid Rodrigues

Com a correta utilização das obras literárias é possível expandir o conhecimento e ampliar os horizontes dos estudantes, que além de melhorar a escrita e a fala, sentirão necessidade de acessar outras estações, como bibliotecas públicas ou a produção própria.
Não apenas por meio de livros, mas também de revistas, mapas, atlas e materiais multimídia, o educador de todas as disciplinas pode ampliar a bagagem dos estudantes, ensinar e fazê-los tomar gosto pelo conhecimento e pela leitura.
Neste processo, o papel do bibliotecário para que a biblioteca escolar realmente funcione é de extrema importância. A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Rondonópolis oferece, há 16 anos, o curso de Biblioteconomia, que tem formado, ao longo dos anos, uma geração desses profissionais tão importantes para a formação escolar. “O aluno que sai do curso de Biblioteconomia tem um aprendizado que vai desde a organização de uma unidade de informação, não necessariamente uma biblioteca, trabalha toda a parte técnica, classificação, catalogação e identificação, disseminação e tratamento da informação. Pode trabalhar em qualquer setor ou instituição onde existe informação, não apenas na biblioteca comum, como as digitais, base de dados e outros inúmeros locais onde podem atuar”, lembra a professora doutora Marisa Inês da Silva Pinheiro, docente do curso de Biblioteconomia da UFMT. “Ler e escrever bem, estar e ser bem informado, ter competência para gerir e utilizar de forma consciente e cidadã a informação disponível é uma questão pública, um direito do cidadão. O bibliotecário é o profissional com todos os requisitos para trabalhar nas bibliotecas escolares e outros setores econômicos informacionais e de incentivo à leitura”, endossa a professora com pós-doutorado Edileusa Regina Pena da Silva, também professora do curso de Biblioteconomia da UFMT de Rondonópolis.
Lucileia Rosa de Queiroz, que é bibliotecária e atua na rede pública de ensino em Rondonópolis, lembra que a biblioteca escolar é de fundamental importância na vida de cada aluno e comunidade, pois é dela que faz nascer o gosto pela leitura e o prazer por viajar nas histórias dos livros que se encontram organizados em seu acervo. “Através da ‘contação’ de história plantamos nos nossos alunos a semente chamada leitura. A cada dia nós bibliotecários regamos, através dos sons das palavras, para que se formem histórias que soam aos nossos ouvidos como música e alegram nossa alma. A leitura enriquece o saber e transforma uma vida”, disse Lucileia, ainda lembrando que o profissional bibliotecário frente a uma biblioteca escolar, além de organizar o ambiente e disseminar a informação, pode despertar o gosto pela leitura de forma que resgate a valorização deste espaço tão fundamental no ensino-aprendizagem dos estudantes.
EXERCÍCIO DA PROFISSÃO
Apesar de regulamentada, os profissionais da biblioteconomia ainda encontram muitas dificuldades para a inserção no mercado de trabalho. Recentemente, o Município de Rondonópolis realizou concurso público em que a categoria foi incluída nas vagas pela primeira vez na história da cidade, o que foi considerado um pequeno avanço.
Contudo, os profissionais ainda cobram que o Governo do Estado apresente mais receptividade para a criação do cargo de bibliotecário no Estado de Mato Grosso. Conforme o coordenador do curso de Biblioteconomia da UFMT local, André de S. Pena, doutor em Ciência da Informação, a profissão de bibliotecário é regulamentada no Brasil pela lei 4.084 de 1962, que estabelece a exclusividade do bibliotecário no exercício de gestão da biblioteca.
“Tal como um hospital não pode funcionar sem a presença de um médico, o bibliotecário é condição para que a biblioteca atinja seus objetivos de formação de uma população leitora. A missão é essencial porque uma população afeita ao saber poderá, inclusive, cuidar melhor da própria saúde tanto física quanto mental. Ademais, somente o desenvolvimento cultural proporcionará a formação de pessoas mais sensíveis às mazelas sociais. A biblioteca e os bibliotecários, portanto, têm a nobre tarefa de colaborar na construção de uma nova ordem mundial em que a educação seja de fato uma peça chave na construção de uma sociedade mais justa”, comenta.
Na compreensão da também professora da UFMT Lindalva Maria Novaes Garske, doutora em educação, a biblioteca numa instituição educativa exerce um papel fundamental na formação de alunos e professores, uma vez que é no espaço das unidades educativas que deve ser encontrados profissionais comprometidos e capacitados que, por meio da biblioteca, dão sustentação ao trabalho intelectual e político. “É necessário que os órgãos estatais nos âmbitos federal, estadual e municipal, compreendam a importância do profissional da biblioteconomia, garantindo para o setor da educação a criação dos cargos e a realização de concursos para estes profissionais”, disse.

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  1. Não basta formação em biblioteconomia, é necessário preparação pedagógica e conhecimentos sobre educação e escolas. Por isso em muitos sistemas o professor bibliotecário, ou bibliotecário escolar, é assumido como uma especialização dentro das profissões da biblioteconomia e também da educação, ultrapassando rivalidades corporativas (“bibiotecários” versus “professores”) e desinformação (sobretudo dos que creem que biblioteca é tarefa para qualquer um que “goste de ler”, e biblioteca escolar para qualquer um que goste de literatura para crianças, ou esteja cansado de dar aulas…)

  2. Não basta formação em biblioteconomia, é necessário preparação pedagógica e conhecimentos sobre educação e escolas. Por isso em muitos sistemas o professor bibliotecário, ou bibliotecário escolar, é assumido como uma especialização dentro das profissões da biblioteconomia e também da educação, ultrapassando rivalidades corporativas (“bibiotecários” versus “professores”) e desinformação (sobretudo dos que creem que biblioteca é tarefa para qualquer um que “goste de ler”, e biblioteca escolar para qualquer um que goste de literatura para crianças, ou esteja cansado de dar aulas…)

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