As obras de duplicação no trecho norte da BR-163, a partir do município de Nova Mutum, vão ter seu início adiado. Com a entrega dos 117 km de rodovia duplicada na região ao sul de Rondonópolis, a Concessionária Rota do Oeste repassou ao Jornal A TRIBUNA que irá priorizar agora as obras nos trechos da BR-163/364 recém-inseridos em seu escopo de trabalho, no caso entre Rondonópolis e Cuiabá, e entre Várzea Grande e Rosário Oeste.
Segundo a concessionária, trata-se de uma decisão empresarial em adiar o começo das obras de duplicação da estrada no médio-norte do Estado, objetivando, nesse início de período de estiagem na região, dar maior atenção a esses dois trechos que estavam em avançado estado de deterioração e atender ao grande clamor popular efetivado nos últimos meses por melhorias significativas nas condições de trafegabilidade. Além disso, o financiamento de longo prazo para continuidade da duplicação ainda não saiu.
Enquanto as equipes estiverem focadas nos trechos em recuperação, a concessionária repassou que não há previsão de início da obra de duplicação no trecho norte da rodovia. Mesmo assim, argumenta que atualmente está adiantada quanto ao cronograma previsto, considerando que possui 5 anos para realizar a duplicação de 453 km da rodovia em Mato Grosso. Diz que a empresa está antecipada em 45 km em relação ao cronograma estipulado com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
O adiamento das obras de duplicação no trecho norte já gera reflexos em fornecedores e prestadores de serviços no Estado. Fornecedores relatam ao Jornal A TRIBUNA o recebimento de comunicado dando conta que todas as compras de insumos em Mato Grosso pela empresa estão suspensas por um prazo de 1 ano. Segundo a concessionária, isso não quer dizer que as obras de duplicação no trecho norte serão iniciadas apenas daqui a 1 ano, podendo ter início antes, com a devida reprogramação junto aos fornecedores.
Com a conclusão da duplicação da rodovia entre Rondonópolis e a divisa com Mato Grosso do Sul, as estruturas empregadas nas obras na região de Rondonópolis deveriam seguir para o município de Nova Mutum. Segundo a concessionária, competirá à construtora Norberto Odebrecht, responsável pelas obras, definir a melhor forma de operacionalização das estruturas de apoio naquela região.
Nesse contexto, a informação é que o canteiro de obras chegou a ser montado em Nova Mutum, devendo ser mantido até o começo da duplicação da estrada naquela região. Nesse meio tempo, a concessionária diz que alguns equipamentos/maquinários podem ser realocados para as obras de manutenção da rodovia nos trechos entre Rondonópolis e Cuiabá e entre Várzea Grande e Rosário Oeste.
A Rota do Oeste não confirmou ao Jornal A TRIBUNA a informação de que uma das usinas de asfalto tenha ido para São Paulo. Afirmou que as duas usinas usadas nas obras na região de Rondonópolis continuam em Mato Grosso. Quanto à informação de que equipamentos do alojamento montado na região de Rondonópolis estariam sendo doados, não precisou a destinação dos materiais.
Atualmente, as obras de conservação e restauração do pavimento são em 174 quilômetros de Rondonópolis a Cuiabá, em 108 quilômetros entre Várzea Grande e Rosário Oeste, além dos trabalhos operacionais ao longo da rodovia.
