“Estamos lidando com um problema relativamente novo, que não depende só do médico ginecologista ou do pediatra. Dependemos de uma rede inteira de profissionais da saúde falando a mesma língua e com o preparo suficiente para atender aos casos que possam cair em nossas mãos”. Com esta certeza, a médica ginecologista e obstetra Isabel Straliotto definiu a importância da capacitação em zika vírus feita pela Secretaria Municipal de Saúde, na noite de anteontem, na Câmara de Vereadores.
O plenário ficou lotado e os profissionais da Saúde das redes pública e privada foram convidados a participar. A ginecologista e obstetra, especialista em medicina fetal, Larissa Fonseca foi uma das palestrantes e mostrou a importância do acompanhamento dos dois públicos alvos da doença que hoje são o foco da preocupação da Saúde no Município. “Colocamos para todos como funcionam e os ambulatórios montados pelo Município especificamente para atender as gestantes e os bebês. A microcefalia pode ser provocada pelas consequências do zika vírus contraído pela mãe durante a gestação, daí a importância de todos os profissionais estarem preparados para receber as pacientes nas unidades de saúde, consultórios ou Pronto Atendimentos”.
Outro ponto apresentado durante a capacitação foi o alerta para os casos de exantema, o vermelhidão que aparece na pele, ocorre junto com coceira e pode ser um dos sintomas do zika. “Precisamos do preparo de todos os profissionais e também dos detalhes que devem ser observados na hora em que a paciente grávida chega à Unidade de Saúde. Com esta capacitação, certamente teremos um direcionamento mais correto dos casos suspeitos e o encaminhamento com exatidão de todos os possíveis casos de zika vírus que podem futuramente afetar os bebês”, disse a infecto-pediatra Vanessa Siano.
Camila Naiara Rodrigues, coordenadora de enfermagem do Hospital Infantil do Município, ressaltou a importância da capacitação até para desafogar o PA Infantil. “Muitas mães vão direto ao PA, nem passam pelas Unidades de Saúde. Com este trabalho de esclarecer e preparar os profissionais, certamente vai ficar mais distribuído o atendimento e a rede sai fortalecida para os atendimentos que podem salvar vidas e encaminhar para os tratamentos específicos”.
A secretária de Saúde, Marildes Ferreira, lembrou que a preocupação maior está nos pacientes, gestantes e bebês, para que possam ser referenciados, orientados e tratados pela rede municipal de Saúde. “Por isso, montamos os ambulatórios municipais de referência para atender as gestantes que possam contrair zika e os bebês com suspeita de microcefalia. A Saúde de Rondonópolis realmente trabalha em rede, pensamos a atenção básica, a epidemiologia, urgência e emergência e o diagnóstico. Assim, com todos preparados pela capacitação, teremos resultados melhores neste desafio de enfrentar novas doenças”
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