Durante todo o dia de ontem (29), a equipe da Vigilância Epidemiológica da Unidade de Vigilância em Zoonoses – UVZ trabalhou no combate a focos do mosquito Aedes aegypti na região da Vila Aurora, às margens do Arareau. Edgar Prates, gerente do Departamento de Vigilância Epidemiológica, explica que foi enviada uma notificação de caso de dengue no bairro, e, como procedimento padrão, uma área delimitada de nove quarteirões recebe acompanhamento das equipes de combate, passando de casa em casa realizando o bloqueio mecânico de focos do mosquito.
Essa equipe recolhe amostras de larvas e elimina os focos encontrados, evitando o desenvolvimento das larvas. Na sequência, outra equipe visita os mesmos locais e realiza o bloqueio químico com borrifamento de veneno que elimina mosquitos adultos.
A resistência de alguns moradores em receber as equipes da UVZ preocupa o supervisor e agente de saúde Sebastião Valtério da Silva. “Encontramos resistência para realizar a inspeção mesmo apresentando nossos crachás aqui na Vila Aurora. E o preocupante é que não encontramos a maioria de focos do mosquito em casas abandonadas dessa região, mas em casas de moradores”, conta.
Água acumulada em latas, vasilhas, garrafas, entulhos e pneus velhos são criadouros de larvas comumente identificados pelas equipes de combate. A Secretaria Municipal de Saúde recomenda que, em caso de suspeita de focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti em bairros da cidade, deve-se contatar a UVZ pelo telefone 3411-5188.
MUTIRÃO EM TODA CIDADE
O mutirão de combate à dengue em Rondonópolis foi realizado em 18 bairros, nos dias 21 e 22 de dezembro. Conforme números divulgados pela Saúde, os agentes responsáveis visitaram 5.747 imóveis. O alerta agora é para que os moradores mantenham os quintais livres da acumulação de água e possíveis criadouros da larva do mosquito.
O número de imóveis fechados, identificados durante o mutirão, é um fator que causa preocupação às autoridades responsáveis pela saúde pública do município. Os agentes encontraram 1.578 casas fechadas. Edgar Prates explica que muitas famílias estavam viajando e outras são de trabalhadores que só retornam para casa à noite. A solução encontrada foi ampliar o horário de trabalho dos agentes de endemias para garantir a vistoria do maior número de imóveis. A equipe passou a trabalhar até as 19 horas e também aos sábados.
As visitas domiciliares durante o mutirão resultaram em 4.169 imóveis vistoriados. O tratamento foi feito em 146 casas e 206 depósitos, como caixas d’água. Outros 3.571 depósitos foram eliminados. Além de 1.578 casas encontradas fechadas, 4 moradores se recusaram a receber a dupla de agentes fiscalizadores.
As situações mais graves de infestação do mosquito foram identificadas nos bairros João Bosco Bornier com índice de 11%, Ezequiel Ramin com 7% e Vila Planalto acima de 4%. Edgar Prates conta que a equipe desenvolveu um trabalho diferenciado nesses bairros para quebrar o ciclo epidemiológico e livrar toda comunidade de uma incidência maior de infestação, já que as larvas encontradas se transformariam em mosquito rapidamente.
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