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Rondonópolis
, 18 maio 2024
 
 

Acesso ao terminal pode virar gargalo

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Rodovias que cortam Rondonópolis podem virar um caos caso projetos rodoviários não sejam executados em tempo

–> LIBERADO –> Com a previsão de iniciar o escoamento da produção em Rondonópolis a partir do começo de 2013, a ferrovia gera a expectativa de causar impactos diversos no Município. Uma das principais preocupações é que as rodovias que cortam a cidade não estão preparadas para receber o acréscimo de carretas que o empreendimento trará. O acesso rodoviário ao terminal – chamado de Complexo Intermodal de Rondonópolis (CIR) – deve se tornar em um dos grandes gargalos a ser resolvido. O agravante é que os principais projetos rodoviários para a região não tem previsão de conclusão.
Um dos projetos necessários é a duplicação da BR-364 entre Rondonópolis e Posto Gil (Diamantino), passando por Cuiabá. Apesar de estar com recursos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a duplicação do trecho entre Rondonópolis e Rosário Oeste, passando por Cuiabá, ainda depende do lançamento da licitação – que até agora não saiu e há uma indefinição de quando essa licitação deve ser liberada. Há um parecer da procuradora do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes em Mato Grosso (Dnit-MT) em fazer esse lançamento somente após a realização das desapropriações necessárias – que pode levar anos.
Outra obra emperrada e que ajudaria no acesso ao futuro terminal é da travessia urbana na BR-364, onde foram constatados problemas nos pavimentos da pista nova e também da pista antiga. As obras de pavimentação foram paralisadas e não há previsão para sua conclusão, devendo aumentar ainda mais o tumulto no perímetro urbano de Rondonópolis. O prefeito Zé Carlos do Pátio defende que seja garantida a execução projeto de pavimento devidamente revisado, objetivando que o mesmo tenha uma espessura que suporte a demanda atual.
Outra obra imprescindível é a viabilização da duplicação da BR-163 entre o “trevão” e o futuro terminal. O Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT) já tem concluído o projeto de duplicação desse trecho de 25 quilômetros. Essa obra contemplaria, além da duplicação da pista, várias intercessões e dois viadutos, sendo um deles no trevão (entroncamento das BRs 163 e 364). No entanto, ainda não há licitação e nem recursos assegurados para a obra dessa duplicação. A obra de duplicação do trecho da BR-163 demandará cerca de R$ 135 milhões.
Outra obra sem previsão de conclusão e que ajudaria a diminuir o fluxo de veículos na BR-364 seria o trecho restante da MT-040, rodovia entre Rondonópolis e Cuiabá, passando pelo Pantanal, voltada para veículos de passeio. Há um percurso de apenas cerca de 70 quilômetros faltando ser pavimentado, os quais contam inclusive com licitação concluída. Um dos problemas para sua execução vem sendo a alegação de falta de recursos. Diante da demora na destinação de recursos para o asfalto do trecho restante da MT-040, há o risco da empresa vencedora desistir dessa obra diante da defasagem de valores previstos na licitação.

Preparação para receber ferrovia ainda é tímida

Trilhos da ferrovia avançam rumo a Rondonópolis e devem chegar até o fim de 2012

Além da falta de estrutura rodoviária, a cidade de Rondonópolis ainda tem concentrado poucas discussões e projetos em torno da chegada da ferrovia. A preparação social em torno dos impactos desse investimento ainda é tida como tímida em vários setores do município. Ações mais contundentes e amplas na área da qualificação de mão-de-obra também são necessárias.
Na avaliação do ex-prefeito e ex-governador Rogério Salles, a cidade como um todo deveria estar se preparando mais efetivamente para a vinda da ferrovia, principalmente o poder público. “A ferrovia, com certeza, vai impactar a cidade. A dúvida é quanto ao tamanho desse impacto”, diz.
Conforme Salles, uma das preocupações é como tirar proveito e industrializar mais a cidade. “Vamos ficar só com a parte negativa do impacto?”, questionou, lembrando que a sociedade em geral não pode se omitir e também deve criar mais discussões e ações sobre o investimento.
Para o vice-presidente do Sistema da Federação das Indústrias do estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt), Mauro Cabral de Moraes, as entidades industriais da cidade já vêm discutindo os impactos da ferrovia, mas observa que falta o repasse de mais informações por parte do poder público. Por isso, entende que a Prefeitura está falhando ao não mostrar para a sociedade as ações em torno da ferrovia e ao não procurar um envolvimento maior das entidades do setor empresarial.
Em Rondonópolis, por exemplo, Mauro Cabral cita a existência do Sindicato das Indústrias da Alimentação de Rondonópolis e Região Sul de Mato Grosso (Siar-Sul/MT), do Sindicato das Indústrias da Construção da Região Sul de Mato Grosso (Sinduscon-Sul/MT) e do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico da Região Sul de Mato Grosso (Sindimec Sul). “Essas entidades estão sendo pouco utilizadas pelo poder público”, entende.
Conforme Mauro Cabral, é preciso agir de forma planejada antes da conclusão do terminal ferroviário. Nesse sentido, ele entende que as entidades empresariais da cidade seriam uma parceria interessante ao poder público para fomentar a vinda de novas indústrias em função do empreendimento e tirar outros dividendos. Mais uma vez, reforça que as entidades precisam de informações detalhadas sobre o empreendimento para repassar e ajudar nessa nova fase que a cidade irá viver.
PROJETO – Faltando cerca de sete meses para o prazo da conclusão do terminal ferroviário em Rondonópolis, ainda se discute o desenvolvimento de um projeto sócio ambiental pelo campus local da UFMT, visando avaliar os impactos da chegada da ferrovia ao município.
No entanto, a realização desse projeto – que também serviria de planejamento para a cidade – depende da elaboração de um plano interno de atividades da UFMT e da liberação de uma emenda parlamentar existente para essa finalidade. Até agora esse projeto não foi iniciado.

Prefeitura garante estar se preparando para ferrovia

de toda estrutura””]“A Prefeitura vem cumprindo o dever de casa”, garantiu o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Ciência e Tecnologia, Valdemir Castilho, sobre os preparativos da gestão municipal para se antever à chegada da ferrovia em Rondonópolis.
O secretário informa, nesse contexto, que o prefeito Zé Carlos do Pátio assinou na semana passada o decreto de criação do Complexo Intermodal de Rondonópolis (CIR), que abrigará cerca de 25 empresas em torno do terminal. “Isso demandou um pouco de tempo. A equipe técnica se cercou dos cuidados necessários para dotar o local de toda estrutura”, explicou.
Valdemir informa que uma das preocupações da municipalidade foi a assinatura de um termo de compromisso mútuo com a América Latina Logística (ALL), responsável pelo empreendimento. Uma das exigências é que todos lotes do complexo tenham saneamento básico.
No termo, a ALL se compromete a fazer a compra de uma área verde na saída para Guiratinga para servir de reserva de compensação. Outro compromisso da empresa, segundo o secretário, é o de construir uma grande rotatória de acesso ao terminal ferroviário, junto à BR-163, orçado em cerca de R$ 4 milhões.
Para compensar o investimento na rotatória de acesso, Valdemir explicou que a Prefeitura concedeu à ALL incentivos fiscais para o empreendimento em Rondonópolis, como isenção de IPTU, de ITBI e de alvará de funcionamento e alvará de construção.
A Prefeitura também assegura que todos os pontos da lei orgânica municipal que regulamenta a aprovação de loteamentos foram observados para a aprovação do Complexo. Inclusive, Valdemir informa que o estacionamento do Complexo deverá ser inteiramente pavimentado, para evitar transtornos que vêm sendo observados em outros terminais.
Em caso de descumprimento do acordo, o secretário informa que a Prefeitura pode fazer uso de uma caução bancária para concretização das pendências necessárias. “A Prefeitura repassou as preocupações da sociedade nesse acordo assinado”, avaliou.

Obras que facilitariam o acesso ao terminal ferroviário:

*Conclusão da travessia urbana da BR-364
*Duplicação da BR-163, entre o trevão e o terminal
*Duplicação da BR-364, entre Rondonópolis e Cuiabá
*Conclusão da MT-040, rodovia alternativa à BR-364, ligando Rondonópolis e Cuiabá, passando pelo Pantanal

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