A meta da Prefeitura de Rondonópolis é chegar entre 4.800 e 5.000 mil casas construídas para famílias de baixa renda na atual gestão municipal. Também há a meta de fomentar, através da iniciativa privada, a construção de 1.200 casas para famílias da classe média. As projeções são do Departamento de Políticas Habitacionais de Rondonópolis, que repassa já ter construído e entregue até este mês de abril cerca de 1.700 casas do total planejado.
Conforme o gerente municipal de políticas públicas de habitação, Odair José Mendes Araújo, Rondonópolis tem sido o município que mais tem conseguido recursos para habitação em Mato Grosso. Com isso, observa que pessoas de municípios vizinhos têm visto essa realidade e vindo para Rondonópolis, a fim de cadastrar nos programas habitacionais locais. Hoje observa que a Prefeitura já exige que, antes de efetivar o cadastro, haja a comprovação de ao menos dois anos de moradia em Rondonópolis.
Atualmente, Odair José informa que quase 1.700 casas estão em construção ou em preparo para início das obras e que, até agora, o Município tem tido uma preocupação maior em atender as famílias de baixa renda ou que vivem em áreas de risco. Desse total são 518 casas no Residencial Padre Lothar, 348 casas na 2ª etapa do Residencial Dom Ozório, 500 casas no Residencial João Antônio Fagundes e 257 casas no Residencial Altamirando (veja detalhes na página A*6). Neste mês de maio, está prevista a entrega de 500 casas da 1º etapa do Residencial Dom Ozório.
Famílias de baixa renda que não tenham feito o cadastro podem procurar o Departamento Municipal de Políticas Habitacionais, na Avenida Duque de Caxias, em frente à Cemat, na Vila Aurora. Antes de efetivar o cadastro, o gerente explica que a equipe da Prefeitura fará uma investigação para apurar a necessidade e se a pessoa mora ao menos dois anos em Rondonópolis. Mais informações pelo telefone 3422-3244.
DENÚNCIAS
Quanto às denúncias de famílias que já possuem casas e foram contempladas nos programas sociais da área habitacional, Odair José argumentou que o processo de seleção e averiguação da equipe do Município é rigoroso, mas não descarta que possa haver alguém que consiga burlar os critérios. Contudo, ressaltou que, comumente, são famílias com casas ribeirinhas e em áreas de risco que estão sendo contempladas com novas residências.
Dificuldade para encontrar mão-de-obra
A construção de novos residenciais populares está encontrando dificuldade de encontrar mão-de-obra em Rondonópolis. A falta é, principalmente, de profissionais como pedreiro, carpinteiro, encanador e eletricista. Tanto é que os profissionais dessas áreas podem procurar os canteiros de obras dos programas habitacionais espalhados pela cidade. Se não bastasse o fator humano, há ainda o fator econômico. “A especulação imobiliária é o que mais atrapalha o crescimento dessa cidade”, criticou o gerente municipal de políticas públicas de habitação, Odair José Mendes Araújo.
Novos projetos também devem contemplar classe média
Márcio Sodré
Da Reportagem
Com foco inicial para atender as famílias de baixa renda, a Prefeitura de Rondonópolis também repassa estar preocupada com famílias com renda entre 03 e 10 salários mínimos e que ainda não possuem a casa própria. Nesses casos, a função do Município é apenas fomentar e organizar o processo, já que a construção compete às empresas interessadas, através do “Minha Casa, Minha Vida”.
Nesse sentido, há a necessidade de empresários que venham suprir a necessidade dessa classe média, com imóveis com preços inferiores a R$ 100 mil. Para esse grupo, quanto maior o FGTS maior é o abate sobre o valor do imóvel. Por enquanto, para esse público com renda, há a previsão da construção do Residencial João Morais, pela Engecenter, e do Residencial Maria Tereza, pela Metron (veja abaixo).
Residenciais previstos para famílias com renda*:
Residencial João Morais, atrás do Residencial José Sobrinho – Para famílias com renda entre 03 e 06 salários mínimos. É preciso comprovar renda e não ter restrições cadastrais. Prevê casas em tamanhos variados pelo programa “Minha Casa, Minha Vida”. Estão previstas 440 casas. A informação é que a área já está comprada.
Residencial Maria Tereza, próximo do Residencial Acácias – Prevê casas em tamanhos variados pelo programa “Minha Casa, Minha Vida”. Para famílias com renda entre 03 e 06 salários mínimos. É preciso comprovar renda e não ter restrições cadastrais.
