Os professores do campus local da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT/Rondonópolis) decidiram, por unanimidade, na tarde desta terça-feira (15/05), entrar em greve por tempo indeterminado a partir das 19h desta quinta-feira (17/05). O movimento vai paralisar as aulas dos cursos de graduação de aproximadamente 3.200 alunos do campus. As atividades de pós-graduação, pesquisa e extensão não vão ser interrompidas.
O professor Antônio Gonçalves Vicente, o Tati, da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat – Seção Sindical de Rondonópolis), explica que, na semana passada, os professores do campus estiveram reunidos e já haviam aprovado um indicativo de greve para este dia 17 de maio. Por ocasião do indicativo, uma nova reunião foi convocada para ontem para decidir se referendava ou não o movimento grevista.
Em Rondonópolis, são em torno de 150 professores sindicalizados, havendo vários afastados para programas de pós-graduação. Conforme Tati, a principal reivindicação dos professores é a viabilização de um Plano de Carreiras que atenda os anseios dos profissionais. “Hoje os professores entram na UFMT e não sabem como vai ser a carreira deles”, observou. Aliás, informa que a greve pode se estender para outros servidores federais.
Em Rondonópolis, dos 57 professores presentes na reunião que deflagrou a greve, 52 deles votaram a favor do movimento, 03 se abstiveram e 02 estavam ausentes na hora da votação. Os servidores administrativos da instituição, por sua vez, vão continuar os serviços no campus. Em Cuiabá, os professores decidiram nesta segunda-feira (14/05) pela deflagração da greve também a partir desta quinta-feira.
A greve na UFMT faz parte de um movimento com adesão nacional das instituições federais de ensino superior. Tati lembrou que depois de um ano de cobranças, a categoria foi surpreendida esta semana com a assinatura de uma Medida Provisória que autoriza o reajuste de 4% e a incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior (Gemas). Contudo, não menciona a reestruturação da carreira docente.
Os professores também lutam por melhores condições de trabalho. A intenção é que seja construída, nesse sentido, uma pauta interna de reivindicações, com especificidades locais.
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