A presença de servidores da saúde ontem, na sessão da Câmara Municipal, para acompanhar a sabatina da secretária Ione Rodrigues, foi alvo de críticas.
“Deixar de estar nas unidades de saúde atendendo o nosso povo para ficar aqui na Câmara aplaudindo quem sequer respondeu as indagações dos vereadores, não pode ser admitido”, criticou o vereador Subtenente Guinancio, que viu nesta convocação dos servidores para irem à Câmara como uma tentativa de coagir os parlamentares.
Em vídeo gravado na PA Infantil, a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur), Geane Lina Teles, denunciou que uma paciente estava esperando há horas para receber uma medicação.
“Perguntei cadê a coordenação e me responderam que estava em uma reunião na Câmara. Ou seja, brinca com o serviço público, brinca com as pessoas e aí coloca o servidor dentro de uma mesma panela. Isto tem que ser diferenciado, pois o servidor efetivo para participar de uma assembleia, para buscar um direito dele tem que se justificar. Agora, aqui não. Em horário de trabalho, não está. Onde está, na Câmara, fazendo o que: puxando o saco”, disparou a sindicalista.
As galerias do plenário da Câmara ficaram lotadas pelos servidores, que só esvaziaram após o líder do prefeito, vereador Reginaldo Santos (PSB), pedir que os que estivessem em horário de trabalho voltassem para seus postos.
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A presidente da Comissão de Saúde, vereadora Marildes Ferreira (PSB), uma das que assinaram o requerimento da convocação de Ione Rodrigues, declarou que não via problema dos servidores acompanharem a sessão, já que muitos destes profissionais contam com banco de horas. “Se tem direito de estar aqui, que esteja”, completou.
Então o vereador em questão, já deveria ter sugerido e alterado os horários de expediente da casa de leis, para que assim o povo, o qual ele representa (assim entende a Constituição), e isso inclusive, incluí os servidores municipais, eleitores de direito, que na sua maioria, trabalha em horário comercial, pudesse acompanhar os trabalhos e arguições ali feitas, ou não concorda que o “povo” possa acompanhar os seus trabalhos e sua agenda?