O Tribunal de Justiça de Mato Grosso manteve a prisão do ex-policial militar Edvan de Souza Santos que é suspeito de conduzir a motocicleta para o cometimento do assassinato da ex-diretora geral do Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear), Terezinha Silva de Souza, ocorrido em 16 de janeiro de 2021.
Os desembargadores votaram contra a habeas corpus que pretendia a revogação da prisão preventiva do ex-PM em sessão realizada ontem (8).
Edvan foi apontado pela Polícia Civil, em junho de 2022, como um dos executores do crime.
Ele teria dirigido a moto utilizada na execução. Na época, Edvan estava detido em Chapada dos Guimarães.
Desde então, o assassinato segue em investigação sem mais nenhuma pessoa indiciada pela participação no crime. As possíveis motivações para a execução também nunca foram apontadas.
O ex-policial também é acusado por outros cinco homicídios ocorridos em Pontes e Lacerda. Na época do crime contra Terezinha, ele era policial militar lotado naquela cidade.
Em janeiro de 2022, quando foi preso durante a Operação Letífero, deflagrada pela Delegacia de Pontes e Lacerda que investigava os cinco homicídios, Edvan estava lotado no Batalhão Ambiental da Polícia Militar de Rondonópolis, local onde foi detido.
Segundo a Polícia Civil, o modus operandi utilizado nos cinco homicídios ocorridos em Pontes e Lacerda é idêntico ao usado no assassinato da Terezinha.
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Além disso, a mesma moto CB 300, vermelha, utilizada no homicídio em Rondonópolis foi usada em um dos casos em Pontes e Lacerda em que ele é acusado.
A polícia ainda apontou que a arma que foi usada no assassinato de Terezinha é indicada pela perícia como a mesma que foi usada em quatro dos homicídios em que o suspeito é acusado de ter cometido em Pontes e Lacerda.
O crime
A ex-diretora do Sanear, Terezinha Silva, foi morta com vários tiros na Rua Otávio Pitaluga no cruzamento com a Avenida Dom Wunibaldo, quando o veículo que ela estava parou no semáforo.
Uma moto vermelha, CB 300, com dois homens, parou ao lado do veículo e fez vários disparos que atingiram Terezinha e causaram a sua morte. O motorista do Sanear, que conduzia o veículo, não teve ferimentos graves.