Professores concluem doutorado na Espanha

Mais dois professores se tornaram doutores no campus local da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT/Rondonópolis). Desta vez, os novos doutores são do curso de Biblioteconomia. Os professores Mariza Inês da Silva Pinheiro e Alexandre Oliveira de Meira Gusmão concluíram o doutorado em março deste ano, através da Universidad Carlos III de Madrid, na Espanha.
A professora Mariza Inês fez doutorado em “Documentação, Arquivos e Bibliotecas por meio Digital”, tendo na orientação do trabalho o professor doutor Arturo Martín Veja. A tese foi defendida em 28 de março de 2012. A pesquisa da professora abordou o estudo da utilização de fontes de informação em suporte digital pelos professores de Biblioteconomia em universidades do Brasil.
Nesse propósito, Mariza Inês buscou saber/conhecer, de acordo com a teoria da informação, o processo acadêmico e científico no ambiente virtual/digital pelas vias cibernéticas. Acerca das fontes de informação eletrônica, a professora constatou que se pode afirmar que os principais elementos que faltaram nas fontes se resumem em credibilidade e qualidade das informações disponíveis nesses ambientes.
Para subsidiar os problemas existentes, Mariza Inês ressalta que é preciso atender às necessidades de investigação científica nacional, produzindo informação acessível e cobertura bibliográfica, sem restrições para a comunidade de usuários. “Este estudo permitiu uma visão geral do comportamento dos professores no processo de uso da informação”, analisa a professora.
Conforme Mariza Inês, acredita-se que os resultados encontrados neste estudo de doutorado poderão subsidiar possíveis ações e propostas políticas para o gerenciamento de informações, visando ajudar os professores a procurar uma fonte de informação adequada para a investigação.
O professor Alexandre Gusmão fez doutorado em Documentação, tendo como orientadores os professores José Antônio Moreiro González e Antônio Rodrigues da Silva. A tese foi defendida em 26 de março de 2012. A pesquisa fez a avaliação da gestão da informação zootécnica e biotecnológica em projetos de melhoramento genético das raças de corte taurinas e zebuínas no Brasil.
Conforme Gusmão, o rebanho brasileiro, nas últimas três décadas, quase duplicou em número de cabeças, enquanto que o trabalho de melhoramento, em especial de inseminação artificial, ampliou em seis vezes. Nesse contexto, observa que várias empresas estão investindo na seleção de animais melhorados, havendo no Brasil vários projetos para certificar os avanços das raças bovinas. Na pesquisa, o programa escolhido foi o Certificado Especial de Identificação e Produção de Novos Touros (Ceip).
Com a pesquisa, Gusmão buscou analisar o nível de maturidade da gestão da informação nas empresas do setor, observando que existem vários mecanismos de controle no Brasil e exterior, com barreiras cada vez maiores, forçando as empresas a responderem às exigências existentes. “Tem que haver agilidade ao gerir informação”, diz. Ao todo 10 empresas foram alvo de investigação no estudo, sendo das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Entre as constatações, Alexandre Gusmão atesta que as empresas brasileiras estão em um estágio bastante avançado da gestão da informação, suprindo as demandas do mercado quanto ao processo produtivo, da produção de gado melhorado geneticamente. Nessa realidade, algumas empresas estão em um nível um pouco mais elevado e outras, em um nível levemente inferior, mas que as inserem em um nível de gestão otimizada.
Para Gusmão, a conquista do novo título possibilitará, pessoalmente, inserir a experiência prática que teve nesses quatro anos de doutorado nas disciplinas que leciona e na formação de futuros bibliotecários, visando atuar na gestão de informações zootécnicas e biotecnológicas dos produtores da região. Além do curso de Biblioteconomia, também atua no curso de Zootecnia do campus local.