Nas últimas semanas temos acompanhado aqui no A TRIBUNA a movimentação em torno do projeto que reestrutura o Conselho Municipal de Saúde em Rondonópolis. Conforme já dito pelo jornal, depois de aprovado, o projeto foi vetado pelo prefeito Zé do Pátio e, agora, a Câmara aprecia se derruba ou não esse veto.
À primeira vista, pode ser um assunto simples e sem muita importância, mas, na verdade, tem muita coisa em jogo em torno das mudanças no Conselho, tanto que o prefeito não gostou nada das alterações feitas e vem tentando de tudo para que elas não possam se concretizar.
Temos visto que a reestruturação do Conselho vai possibilitar uma maior transparência e fiscalização sobre o orçamento da Saúde em Rondonópolis. E olha que estamos falando de um orçamento de cerca de R$ 700 milhões somente para 2023. Nisso, a promessa é que a alteração possa garantir a paridade dos representantes da sociedade no Conselho de Saúde.
Dessa forma, não é demasiado falar que a votação que apreciará o veto a esse projeto influenciará no futuro da saúde pública da nossa cidade, devendo ter uma mobilização da sociedade e suas entidades em acompanhar esse assunto na Câmara e pressionando pela derrubada do veto.
Se a sociedade não ficar atenta, é perigoso o prefeito se articular junto aos vereadores para que essa reestruturação do Conselho de Saúde não se efetive, o que seria prejudicial, pois temos visto que o funcionamento dessa estrutura atualmente tem deixado muito a desejar.
O controle social deve ser incrementado para que seja ofertada uma saúde pública de qualidade. Para isso, é crucial que tenhamos um Conselho de Saúde atuante, aberto e, principalmente, independente de interesses políticos ou particulares. Vamos ficar atentos à questão!