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, 21 maio 2024
 
 

Papo Político

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Percival Muniz: “Se pudesse escolher o seu adversário, não teria um outro melhor que o Ananias…”

1- EIS SENHORAS E SENHORES
Que, como já era esperado, o deputado estadual Percival Muniz (PPS) foi eleito para governar a cidade de Rondonópolis a partir do ano que vem. Pelo que a Coluna ouviu do próprio Percival durante a campanha, o seu governo deverá ser voltado principalmente à inovação e ao uso da Internet.
Percival ainda não definiu e nem começou a trabalhar os nomes que vão compor o primeiro escalão em seu governo, apenas declarou que o vice Rogério Salles (PSDB) terá status de supersecretário, acumulando diversas funções administrativas, mesmo assim a Coluna acredita que o prefeito eleito não vai abrir mão de alguns nomes para compor o secretariado.
A secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Tecnologia, que na gestão Zé do Pátio e Ananias Filho foi conduzida por Valdemir Castilho, Biliu, deve ser comandada na gestão de Percival por Élio Rasia, que nestas eleições esteve na linha de frente de Percival. Rasia, inclusive já comandou a mesma pasta nas gestões do próprio Percival e do ex-prefeito Adilton Sachetti. O futuro secretário também esteve no governo do Estado como adjunto de Pedro Nadaf, na secretaria de Indústria, Comércio e Mineração.
Outro nome que com toda a certeza estará no primeiro escalão do novo prefeito é José Cláudio Melo, que goza de muita confiança junto a Percival e deve ocupar alguma pasta de perfil mais técnico, como a Administração, por exemplo.
Por outro lado, o médico José Felipe Horta, que deixou de disputar a eleição para vereador na chapa de Ananias Filho e resolveu abraçar a campanha de Percival, deve ser contemplado com um cargo importante dentro da estrutura da secretaria de Saúde do município. Fora isso, Themis de Oliveira deve também compor o governo de Percival assumindo cargos estratégicos.
ALIÁS,
a eleição de Percival foi sem sombra de dúvida muito tranqüila para o deputado estadual. A Coluna acredita que o prefeito Ananias Filho foi um adversário sob medida para Muniz. Percival se pudesse escolher um nome como adversário para a disputa dessas eleições, com certeza esse nome seria de Ananias.
O prefeito eleito, com certeza, teria muito mais dificuldade se enfrentasse, por exemplo, o Adilton Sachetti ou o deputado Sebastião Machado Rezende, e até mesmo Zé do Pátio. Sachetti, por exemplo, poderia tirar do grupo de Percival o vice Rogério Salles, que nesta disputa agregou muito para a consolidação da vitória. Fora isso, Sachetti também levaria para o seu grupo o senador Pedro Taques, outra peça fundamental na engenharia de campanha de Percival e por isso viraria um nome forte e que daria muito trabalho para Percival.
Sebastião Machado Rezende, por outro lado, tiraria do grupo o PSC, o partido foi uma das revelações nesta campanha em razão de ter mostrado uma grande capacidade de organização, principalmente nos eventos de campanha de Percival.
O prefeito Zé do Pátio não atrapalharia tanto Percival em termos de partidos, dificilmente Pátio conseguiria agregar mais ao grupo do PMDB e tirar lideranças de Percival. Mas, com toda a certeza, a parcela do PMDB que deixou o projeto de Ananias para apoiar Percival ficaria até o fim com o Zé do Pátio. Na realidade, o grupo que foi para o projeto de Percival era composto por uma maioria de Patistas de carteirinha. Contra Pátio, Percival teria mais facilidades em explorar as falhas da sua gestão durante a campanha.
POR OUTRO LADO,
ao terminar a campanha com 38% dos votos e praticamente abandonado por lideranças que no começo da campanha posaram para fotografia, o prefeito Ananias Filho foi um guerreiro em segurar essa campanha do principio ao fim. A Coluna acredita que qualquer outro candidato na situação de Ananias poderia desistir na primeira dificuldade.
O atual prefeito, além de enfrentar um adversário superpreparado como Percival, viu os recursos da sua campanha minguarem durante o andamento do processo eleitoral. Sem dinheiro e com um adversário do gabarito de Percival, o que já era difícil para Ananias se tornou uma missão impossível.
A presença de Blairo Maggi na campanha, pouco ou nada contribuiu para o projeto de Ananias. O senador apesar de ser um nome de enorme credibilidade em Rondonópolis, comprovadamente não consegue transferir votos ou recursos para alguém que não seja genuinamente do grupo da botina. Está claro que Maggi tentou trazer recursos para a campanha de Ananias, mas o fato do candidato não ser “botinudo” e não ter avançado nas pesquisas da forma que era esperado pelo grupo, acabou influindo na hora dos recursos chegarem.
A falta de dinheiro na campanha do prefeito ainda refletiu nos candidatos a vereadores. Muitos deles ficaram à espera de recursos e no meio da campanha perceberam que o dinheiro não viria e com isso também se perderam no processo e deixaram de pedir votos para Ananias. Alguns até foram para o lado de Percival.
PARA COMPLETAR,
o deputado Percival Muniz na maioria dos debates contra Ananias se mostrava em “grande forma” e ganhando pontos do prefeito nesses embates.
Percival também se estruturou durante a campanha, melhorou e muito o seu discurso no decorrer da disputa e o seu programa eleitoral também a cada semana estavam mais redondo e azeitado.
O prefeito Ananias errou na campanha em alguns momentos, um deles foi o discurso do alinhamento político, algo que quem conhece Rondonópolis sabe que geralmente não funciona. O eleitor local sempre foi antialinhamento, são várias as eleições em que o candidato do governo do Estado amarga derrotas e essa não foi diferente.
Em 1988, por exemplo, Percival era o candidato alinhado com o governo e perdeu para J. Barreto. No processo eleitoral de 2000, Wellington era o candidato do então governador Dante de Oliveira e amargou uma derrota para Percival.
No pleito anterior, 2008, o exemplo mais recente, o candidato do governador Blairo Maggi era Adilton Sachetti, que perdeu para Zé Carlos do Pátio.
Outro erro do grupo de Ananias foi usar em seu programa eleitoral o famoso anão Jurubeba para bater em Percival, a estratégia na visão da Coluna não funcionou, pois ao invés de desgastar Percival, os ataques do anão acabaram tirando pontos de Ananias.
Por outro lado, Ananias ainda teve que pegar para si as críticas relacionadas à gestão do ex-prefeito Zé do Pátio. Os problemas mais sérios do governo Pátio acabaram indo para a conta de Ananias na campanha, que não podia criticar os erros do ex-prefeito e ao mesmo tempo tinha a obrigação de defender, pois Pátio trabalhava para ele nos bairros periféricos.
A DECISÃO ANUNCIADA
por Ananias no começo da semana que haverá corte na estrutura administrativa no que tange aos contratados, é outra conta que veio da gestão anterior para ele pagar. No entanto, é preciso esclarecer que o prefeito está na verdade tentando fechar as contas e, por outro lado, mesmo que sem querer, está ajudando a Percival, que vai assumir o comando do prefeitura sem a necessidade de fazer demissões e pegar para si esse desgaste que está indo para Ananias.
Percival vai ter um problema a menos para começar a governar, graças ao seu principal rival. Porém a preocupação é que com essa redução funcional a máquina pública funcione sem desgastes estruturais até janeiro de 2013, quando Percival assume o poder.

2-A COLUNA
encerra por aqui, parabenizando os novos vereadores, principalmente Mauro Campos do PT, que depois de muita luta conseguiu realizar o sonho de legislar em Rondonópolis. Mauro também representa a volta do PT à Câmara local, pois a última fez que o partido elegeu um parlamentar foi em 2004.
Na próxima edição, a Coluna vai fazer uma análise do perfil da nova Câmara de Rondonópolis que foi eleita no domingo, e o que motivou as derrotas de João Gomes (PSD) e Milton Gomes da Costa, o Miltão (PMDB), os únicos que não conseguiram a reeleição.

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