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Rondonópolis
, 17 maio 2024
 
 

Prática e teoria em simbiose

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Eleri Hamer

Semana passada tive a oportunidade privilegiada de participar, como palestrante e também como ouvinte, do 1º. Meeting Empresarial de Rondonópolis organizado pela RC Consultoria.
A partir do momento que fomos consultados e chamados para a discussão em torno desse evento sentimos a possibilidade real de socializar e debater conhecimentos úteis para a sociedade empresarial e que, por conseguinte, pudesse reverter em desenvolvimento para todos nós.
Dou esse destaque ao evento não porque era mais um seminário, mas porque se diferencia, de modo simples e original, do que se tinha até agora. Propondo ousadamente um novo modelo, rico em conhecimento, mas conduzido como uma reunião entre amigos, empresários e gestores.
Primeiro por ter origem na iniciativa privada (foi proposto por uma empresa de consultoria) e não por órgão público ou associação de classe (embora tivesse o apoio da ACIR), o que de pronto já é um avanço em termos de visão estratégica, para uma cidade do interior do Mato Grosso. Algo visto frequentemente apenas em grandes centros.
Segundo, em função da dinâmica, alternando (não necessariamente nessa ordem) teoria e prática. Algo difícil de executar em qualquer evento. A aposta nos casos de sucesso, por exemplo, apoiados com as palestras e as discussões, foram bastante elucidativos. Também representaram uma ótima oportunidade para que se percebesse de que empresários locais também podem ser benchmarking das demais empresas.
No particular dos casos de sucesso, fiquei feliz com os escolhidos e as histórias relatadas. É importante lembrar que nenhuma delas foi um relato isolado, pelo contrário, sempre veio precedido de uma palestra técnica sobre algum tema correlato.
Embora conhecidos an passant pela comunidade, os casos da Celeiro Carnes Especiais, Grupo AC Campo e do Grupo Gatto emprestaram prática aos debates temáticos sobre empreendedorismo, modelos de gestão e liderança.
Um fato relevante é que esses mesmos casos já foram motivos de destaque em outros eventos nos grandes centros empresariais e também em mídias especializadas de circulação nacional. Algo que até mesmo muitas vezes foge do conhecimento local. Mais um sinal de que temos bons exemplos a serem explorados por aqui.
Vale lembrar que os três casos apresentados revelaram também elementos distintos como destaque. O caso da Celeiro Carnes Especiais, por exemplo, começa pela perspicácia de identificar um (ou vários) nicho de mercado dentro de um setor já maduro como o das carnes, principalmente em cidades no limite entre o pequeno e o médio porte.
Na sequência, a capacidade de engendrar a rápida adaptação à capacidade produtiva, mesmo sacrificando o atendimento à determinadas demandas de mercado. E por fim, um terceiro elemento é a capacidade de, em pouco espaço de tempo, dar visibilidade a marca, emprestando conhecimento valioso de branding. Algo raro para uma empresa startup deste setor.
O grupo AC Campo, também desfilou seus diferenciais competitivos, justificada pelo sucesso ao longo dos últimos 20 anos, ao ser eleita em 2012 a segunda melhor do grupo Brasil. Destacam-se os princípios japoneses de gestão pela qualidade, fundamentados na disciplina e na atenção às metas, associado ao jeito entusiasmado e alegre do brasileiro fazer a liderança organizacional.
Por fim, vindo de um evento trágico na sua história pessoal, o Grupo Gatto por sua vez, na apresentação da principal gestora, revelou uma lucidez gerencial de dar inveja a muito executivo tarimbado. Prova de que falta de experiência não é motivo para não empreender ou assumir responsabilidades gerenciais.
Poder-se-ia desfiar um novelo de diferenciais, mas ficou particularmente evidente neste caso, a aplicação de três necessidades básicas para um profissional que quer crescer com rapidez: reconhecer suas limitações, princípios claros e buscar conhecimento em todas as oportunidades possíveis.
Parece que este foi um aspecto decisivo que fez com que a gestora Norma Gatto, ex-dona de casa, ao se ver impelida de supetão a frente dos negócios da família, sem ter qualquer experiência anterior, tivesse retumbante sucesso.
Foi um bom começo para um evento que pretende se tornar cíclico e servir de benchmarking.
Boa semana de Gestão & Negócios.

(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É professor do IBG, workshopper e palestrante – [email protected]

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