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Rondonópolis
, 18 maio 2024
 
 

Uma cidadezinha, sim, mas que não seja uma qualquer!

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“li uma frase em uma rede social que eu concordo ‘se não tem educação culpe o governo, mas se não existe governo, culpe a si mesmo’”

Moro em uma cidade pequena com um pouco mais de 18 mil habitantes. Mas cada um tem sua forma de pensar sobre política. Uma coisa é fato: a maioria não conhece esse assunto tão complexo. Mas todos têm suas opiniões formadas e chega até a ser clichê a fala: “nossa cidade está abandonada”, “todo político é corrupto”. Tá legal, mas como a população pode mudar essa triste realidade se nem entendem sobre o que é política?
Política é um assunto complicado, que ninguém que eu conheça e que tenha a minha idade domine bem, mas todos têm suas opiniões formadas. Eu, inclusive.
Pessoas que enchem a boca para falar que quem está no poder só sabe roubar ou que não faz nada pela nossa cidade e eu não discordo, mas tem um porém, fomos nós que os colocamos no poder, é o nosso dinheiro que está sendo roubado, nós temos o direito de cobrar e de ir atrás para saber o que está acontecendo, mas ao invés disso, simplesmente sentamos na frente das nossas casas ou nos bancos das praças  para falarmos o quanto estamos sendo enganados.
Li uma frase em uma rede social que eu concordo “se não tem educação culpe o governo, mas se não existe governo, culpe a si mesmo”. Essa frase não é minha, mas resume tudo o que eu quero dizer. Fico abismada com as pessoas reclamando, falando mal dos nossos governantes sendo que fomos nós mesmos que os colocamos no poder.
A cada quatro anos na minha cidade parece que as ruas se tornaram uma “balada”, onde a cada segundo tem um carro de som anunciando a candidatura de uma nova pessoa. É uma mistura de poluição sonora e visual características dessa época. Tem o lado positivo: as pessoas conversam mais, opinam. Algumas ficam mais simpáticas, acontecem mais os apertos de mão, abraços calorosos… e muita hipocrisia.
Cara, tem 91 candidatos a vereador disputando 11 vagas em uma cidade tão pequena como a minha. Acho o cúmulo isso, são tantas vozes, caras estampadas em cartazes e panfletos, figuras diferentes, algumas figuras até bizarras, algumas que já estiveram no poder e não executaram nenhum projeto em prol a cidade e lá estão pleiteando, novamente, uma vaga nas tão cobiçadas cadeiras do executivo e legislativo.  Ainda bem que surgem aqueles que nos surpreendem com propostas inteligentes. Resta torcer, primeiramente, que estes ganhem e, depois, que cumpram as suas promessas de campanha.
Mas isso não é um caso exclusivo daqui, há registros de corrupção em todo o Brasil. Os espertos querendo enganar os ingênuos. Será que a população é tão inocente assim? Afinal sempre são registrados casos de venda de votos em todo o território nacional, em todas as eleições. Isso é uma questão cultural, as famosas trocas de favores, mas também é um caso de polícia, pois é crime. Enquanto continuarmos de olhos fechados para tudo que está acontecendo com o dinheiro dos cofres públicos, grande parte dos que estão no poder, continuará governando, em nome da democracia, em benefício próprio.
Para que essa situação seja diferente, as pessoas devem ser mais conscientes na escolha de seus candidatos. E depois devem cobrar também dos seus eleitos, pois foram os escolhidos para nos representar e se eles não estiverem respondendo as nossas expectativas,  temos o direito de reclamar e até tirá-los do cargo, pois precisamos de pessoas que estejam dispostas a trabalhar, de fato, pelo bem da cidade.
Portanto, para mudar essa situação precisamos aproveitar este momento privilegiado, quando estão acontecendo as campanhas eleitorais municipais. Para tanto, precisamos analisar as propostas dos nossos candidatos, suas trajetórias políticas,  projetos executados, suas histórias de cidadãos públicos. Temos uma arma poderosa para mudar a realidade: o voto consciente!
A minha cidade não é sinônimo de beleza, nem de desenvolvimento. Longe disso. É uma cidadezinha, sim, mas que não seja “uma qualquer” como a descrita nos versos de Drummond, onde seus habitantes digam como o poeta: “Eta vida besta, meu Deus,” pois é aqui que vivemos e convivemos, para tanto,  que seja bem administrada. Gostaria que fosse como a dos versos de Mario Quintana: “uma cidadezinha cheia de graça” aos meus olhos, dos pedra-pretenses e aos olhos dos nossos visitantes.

(*) Bruna Stefani Souza Santos, 14 anos. 2º Ano do ensino Médio da escola Estadual “13 de Maio”. Período noturno. Pedra Preta, Mato Grosso. Um dos textos selecionados pela escola para concorrer na Olimpíada de Língua Portuguesa/SENPEC/MEC

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  1. Puuts Bruh falou tudo você usa mto bem as palavras nota :1000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000.

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