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Rondonópolis
, 17 maio 2024
 
 

Desenvolvimento e meio ambiente

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Desenvolvimento e meio ambiente são palavras bonitas, de amplo significado, seja para o lado bom ou para o lado ruim. Existem muitos interesses em jogo e, muitíssimas das vezes, a ganância e o desenvolvimento a qualquer preço faz estragos que afetam todo o planeta, como é o caso dos Estados Unidos e China, que não assinaram o Tratado de Kyoto em 1997, são responsáveis por quase a metade da poluição mundial, oriunda principalmente das indústrias movidas a carvão mineral e centrais termoelétricas que produzem dióxido de carbono, um dos maiores poluentes sob a face da Terra. Dentre tantas alegações afirmam que não podem travar o desenvolvimento em seu país, sobpena de suas economias entrarem em colapso, gerando desemprego em massa. Seria somente isso?
Além dessa queima de carvão mineral, jogam-se na atmosfera milhares de toneladas de monóxido de carbono e metais pesados todos os dias (chumbo, cádmio, mercúrio, etc.), oriundos sob os mais diversos meios como os automóveis a gasolina e veículos movidos a óleo diesel.  Outro grande poluente é dióxido de enxofre (SO2), proveniente do petróleo e os óxidos de nitrogênio (NO2), uma espécie de neblina marrom escuro, visível nas manhãs claras e ensolaradas, que paira sobre os grandes centros urbanos. Há também as derrubadas e queimadas de florestas, campos e cerrados que produzem enorme poluição e devastação do meio ambiente (fauna, flora, erosão, poluição do ar), assim como a queima dos canaviais antes do corte para produção de açúcar e álcool. Outro causador de poluição são os vulcões, com emissão de grandes quantidades de enxofre na atmosfera, dentre outros. E o lixo jogado nas ruas, córregos e rios, poluindo as águas; os despejos de poluentes pelas fábricas nos córregos e rios que cortam as cidades é outro grave fator de poluição, tornando nossas águas extremamente poluídas que adentram aos mares e oceanos.
Com esses exemplos podemos observar o quanto que a natureza vem sendo castigada dia após dia, a ponto de saturação, como por exemplo, o aumento constante do buraco de ozônio na atmosfera, devido ao clorofluorcarbono (CFC), gás que atinge a camada de ozônio e a destrói, permitindo que os raios ultravioleta atinjam a Terra cada vez com maior intensidade, a ponto de causar doenças, como câncer de pele. O clima destemperado pelo planeta causando enchentes, tempestades e intensas secas são reflexos dos males causados pelo homem ao meio ambiente.
Ao que parece, o ser humano ainda não parou para pensar nos estragos que praticou e continua a praticar pelo planeta e uma prova viva disso é o evento “Rio+20” com a participação de 193 países, de modo que o anterior aconteceu em 1992 no Rio de Janeiro e nada foi resolvido. Cada país continua puxando a “sardinha para o seu braseiro”.  Esperávamos que após vinte anos houvesse uma maior conscientização, principalmente dos países do G-7, mas prevalece o interesse individual em manter a sua hegemonia em relação aos demais países, estejam eles em desenvolvimento ou não. Não existe consenso. O que foi acordado em 1992 e em 1997 foi por água abaixo em sua essência, pois muito pouco foi concretizado em termos gerais.
Ninguém, em sã consciência, é contra o desenvolvimento, novas tecnologias, maior produção agroindustrial quando praticada em harmonia com o meio ambiente, com a sua preservação. O que se quer são responsabilidade e conscientização, pois o que vamos deixar para nossos filhos e netos, em fim, para as futuras gerações? Haverá, em futuro próximo, alimento, água potável, moradia, medicamento e postos de trabalho para atender 8, 10, 12 bilhões de seres humanos, uma vez que nos dias atuais temos mais de um bilhão de famintos e outros tantos desempregados e sem moradia? Que a Rio+20 possa trazer luz, consenso e responsabilidade para a solução dos graves problemas hoje enfrentados, de modo que a humanidade e o planeta sejam os maiores beneficiados.

(*) ORLANDO SABKA é morador em Rondonópolis –     E-mail: [email protected]

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