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Fim de ano: especialistas alertam para riscos de queimaduras por fogos de artifício

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As queimaduras, que no Brasil acometem aproximadamente 1 milhão de pessoas todos os anos, tornam-se ainda mais preocupantes entre os meses de dezembro e janeiro devido a fatores como o aumento à exposição solar e uso de fogos de artifício.

Conforme Bruno Caldas, coordenador médico de uma unidade de emergência do Hospital Municipal Evandro Freire, gerenciado pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, é neste período do ano que as unidades de Urgência e Emergência e o Centro de Tratamento de Queimados mais recebem casos de pessoas feridas por queimaduras.

Procurar atendimento médico imediato e seguir as medidas básicas de prevenção podem evitar danos graves à pele – Foto Agencia Brasil


Ele explica que os acidentes com fogos de artifício podem provocar diversos tipos de queimaduras, como de pele (1º, 2º e 3º graus) ou das vias aéreas, com riscos de amputações traumáticas ou mesmo morte.

Dados da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia registram, em levantamento realizado nos últimos 20 anos, 122 mortes por acidentes com fogos, sendo 23,8% com menores de 18 anos.

Para evitar o agravamento desse tipo de queimadura, o médico ressalta a importância de procurar atendimento médico imediato. Além disso, ele orienta lavar a área afetada apenas com água corrente, protegendo com um pano limpo e úmido. “Nunca se deve fazer uso de qualquer substância na região afetada, além da água, sob risco de agravar o problema”, reitera.

Queimaduras por exposição solar também podem ser potencialmente perigosas de acordo com o grau, em alguns casos necessitando de tratamento médico.

A dermatologista Flávia Rosalba, que atua em instituição gerida pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, destaca que a prevenção é crucial para evitar danos à pele, sobretudo nesta época do ano.

Ela salienta que a exposição solar intensa e frequente pode provocar, além de queimaduras de 1º, 2º e 3º graus, o aumento do risco de outros problemas à pele. “Excesso de sol sem proteção adequada gera ressecamento da pele, favorecendo o envelhecimento precoce, bem como pode levar ao desenvolvimento de cânceres de pele, como o melanoma, por exemplo.”

Dessa forma, o uso correto do protetor solar e atenção aos horários de exposição ao sol são medidas simples que não devem ser ignoradas.

Caso a queimadura ocorra, o tratamento será conduzido de acordo com a profundidade da lesão. A dermatologista explica que, em caso de lesões leves, sem bolhas, pode-se utilizar compressa com chá de camomila, babosa ou azeite no local para aliviar a ardência.

No entanto, o alerta dos especialistas é para buscar atendimento de emergência sob qualquer sinal de gravidade, como aparecimento de bolhas, arrepios, dor de cabeça, febre, tontura e indisposição.

Dra. Flávia frisa, ainda, que o processo de recuperação depende de inúmeros fatores. No caso de queimaduras leves, entre 4 e 6 dias, é possível observar a melhora do quadro, desde que medidas preventivas sejam reforçadas durante o período. Já os quadros mais severos podem levar em torno de 20 dias ou, em situações mais graves, até meses.

Por fim, os especialistas recomendam medidas simples de proteção ao sol, como:

– Evitá-lo entre as 10h e 16h;

– Aplicar protetor solar cerca de 20 minutos antes da exposição, reaplicando a cada duas horas ou após contato com a água do mar ou piscina;

– Utilizar óculos com proteção adequada e acessórios protetores, como chapéus, blusas e guarda-sol ou barracas.

Já para evitar queimaduras por fogos, a orientação dos médicos do CEJAM é não fazer uso desses equipamentos e manter distância dos locais em que forem realizados os disparos, sobretudo de grandes quantidades de fogos de artifício, como ocorre durante o Réveillon.

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