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Rondonópolis
, 16 maio 2024
 
 

Ponte no final da W-11 continua na promessa

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Para construir a nova ponte sobre o Rio Vermelho, o poder público terá de enfrentar problema crítico de erosão no final da avenida W-11
Nesta edição, o Placar das Obras Paradas do Jornal A TRIBUNA inclui em sua listagem a promessa de nova ponte sobre o Rio Vermelho

Mais uma gestão estadual está prestes a encerrar e o projeto de construção da ponte sobre o Rio Vermelho no final da Avenida W-11, ligando a região do Sagrada Família e a BR-364, nem começou a sair do papel. A estrutura, além de abrir novo acesso às rodovias federais que cortam a cidade, é a esperança de garantir o asfaltamento e a drenagem da problemática W-11. Nesta edição, o Placar das Obras Paradas do Jornal A TRIBUNA inclui em sua listagem essa promessa que vem demorando para ser cumprida em Rondonópolis.
A garantia da construção dessa ponte foi anunciada no final de 2014 pelo ex-governador Silval Barbosa, em solenidade política realizada no município, contando inclusive com o senador Wellington Fagundes. Na época, a obra estava orçada em cerca de R$ 10,5 milhões, prevendo 251 metros de extensão e recursos do programa Pró-Concreto, através de uma parceria com o Banco do Brasil. Foi dito que a construção estava licitada, tendo como vencedora a empresa Engeponte Construções, de Cuiabá. A intenção era iniciar os trabalhos no local logo após o período chuvoso, em 2015.
Explicando melhor, a nova ponte ligará a W-11, ao lado Residencial Terra Nova, até a BR-364, na região do Lourencinho, servindo como opção de tráfego entre os bairros do Grande Sagrada Família e os distritos industriais e rodovias federais, sem precisar passar pelo Centro. Com essa opção viária, será possível criar uma extensão do tráfego de veículos, inclusive carretas, que vem do Anel Viário, bem como bairros da região do Residencial Sagrada Família, até as BRs 364 e 163. Essa será a 4ª ponte sobre o Rio Vermelho em Rondonópolis.
Inclusive, foi informado naquele momento que o ex-governador Silval Barbosa chegou a assinar a ordem de serviço para a execução da ponte. Com a mudança de governo estadual, na primeira visita oficial ao município, em março de 2015, o atual governador Pedro Taques foi cobrado pelo ex-prefeito Percival Muniz a respeito da continuidade do projeto da ponte na continuação da Avenida W-11. Depois, em agosto de 2016, o deputado estadual Ondanir Bortolini, Nininho, reivindicou do vice-governador do Estado, Carlos Fávaro, a referida benfeitoria.
Na verdade, esse projeto acabou se tornando uma cobrança constante da classe política de Rondonópolis nos últimos anos. Em outubro de 2016, por exemplo, um grupo de vereadores do PSDB entregou um ofício a Pedro Taques onde pedia prioridades em várias áreas, incluindo a ponte na Avenida W-11. Naquele mesmo mês, o prefeito eleito Zé Carlos do Pátio voltou a enfatizar a necessidade da ponte nessa via ao secretário Estadual de Infraestrutura, Marcelo Duarte.
Na sequência, em novembro de 2016, em reunião no Palácio Paiaguás, em Cuiabá, envolvendo o governador Pedro Taques e o deputado Guilherme Maluf, foi garantido ao prefeito eleito Zé Carlos o compromisso com a nova ponte sobre o Rio Vermelho e a W-11. Com a posse do atual prefeito, em fevereiro de 2017, a equipe municipal voltou a enfatizar junto a políticos do Estado a necessidade do término da Avenida W-11 e construção de uma nova ponte sobre o Rio Vermelho para acesso à via.
Uma novidade no caso surgiu em maio de 2017, quando foi anunciada a assinatura em Brasília junto ao Banco do Brasil de um convênio de R$ 600 milhões para a construção de 105 pontes de concreto em Mato Grosso, estando incluso o projeto da W-11 sobre o Rio Vermelho, em Rondonópolis. Logo após, ainda em maio desse mesmo ano, em visita a Rondonópolis, o governador Pedro Taques anunciou que a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra) iria construir, por meio do programa Pró-Concreto, uma ponte de 250 metros sobre o Rio Vermelho, no valor de R$ 12,5 milhões, conectando a Avenida W-11.
Desde aquela ocasião, o Governo de Mato Grosso e a Prefeitura de Rondonópolis já vinham trabalhando em cima de um termo de compromisso para a construção do acesso e encabeçamento da nova ponte. Isso porque, com a construção da ponte, uma das demandas que precisa ser viabilizada pelo poder público é a pavimentação e drenagem da Avenida W-11, que ainda não possui asfalto, bem como a execução do acesso à BR-364. Apesar disso, em outubro de 2017, conforme divulgado pelo Jornal A TRIBUNA, a benfeitoria não tinha nem ao menos projeto pronto.
Em outubro de 2017, após questionamento do A TRIBUNA, a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra) esclareceu que, durante a visita do governador em maio desse mesmo ano, foi dada apenas ordem de serviço para elaboração do projeto – não para início das obras. Na ocasião, a informação era de que o projeto seria concluído até o final do ano passado. Também foi informado que o processo de licenciamento também se encontrava em andamento.
COMO ESTÁ?
O Jornal A TRIBUNA voltou a manter contato com a equipe da Sinfra, para saber do estágio atual do projeto de construção da ponte na W-11. Novamente, a Secretaria não enviou respostas para a sociedade rondonopolitana, não informando sobre quando acontecerá o início do processo licitatório visando a execução da obra. Além da falta de ação, a reportagem lamenta a falta de transparência da Sinfra para com Rondonópolis. Com isso, não há nenhum prazo oficial, divulgado até agora, de quando essa construção terá início. A sociedade rondonopolitana, dessa forma, continua na espera dessa promessa do Governo do Estado.

Líder comunitária alerta para ausência de licença ambiental

Apesar da falta de informações por parte do Governo do Estado, a líder comunitária Gil Machado, que faz parte da diretoria da Associação de Moradores do Sagrada Família, alerta que a ponte na Avenida W-11 não tem a licença ambiental, que estava prevista para ser concedida em janeiro passado. E, sem licença, não tem obra!
Para expedição dessa licença ambiental, Gil diz que esteve em Cuiabá, em julho do ano passado, após uma visita do governador a Rondonópolis. “Eles estavam trabalhando no acesso da ponte na época”, disse. Agora, repassa que existe um ofício com 21 pendências a serem sanadas.
Conforme Gil, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) já deu andamento na solicitação para supressão vegetal na área de proteção ambiental (APP) e que o assunto deve entrar para a pauta do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Consemma) neste dia 13 (terça-feira).
Nessa história toda, aponta que, apesar de apresentado um projeto de ponte, em momento algum informaram como seriam os acessos e os impactos que esses causariam ao serem instalados.
Em ato na Câmara Municipal, no ano passado, Gil lembra que o governador disse que iria fazer a ponte da W-11 e que depois mandou bater palmas.

PLACAR DAS OBRAS PARADAS

Este espaço é para registrar a situação das obras públicas em Rondonópolis, com o objetivo de cobrar das autoridades competentes a conclusão das mesmas e desmistificar o slogan de que a cidade é a “Capital das Obras Paradas”, com muito dinheiro indo para os ralos pelo fato de que muitos projetos iniciados acabam abandonados e virando escombros. Depois da reportagem publicada no A TRIBUNA, um resumo fica registrado neste espaço.

Edição de 28/01/2018
Parque do Escondidinho – Parado desde 2012
Teve o início das obras em fevereiro de 2012, na primeira gestão do prefeito José Carlos do Pátio, com recursos do Ministério do Turismo, pela Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 3,875 milhões, tendo como empreiteira a empresa Ensercon; paralisadas em outubro de 2012, tendo já sido pago até hoje o total de R$ R$ 319.899,71. Teve reprogramação junto a CEF em dezembro de 2017. Prefeitura promete elaborar edital para marcar nova licitação.
Parque das Mangueiras – Parado desde 2015
Projeto concebido no início da gestão do prefeito José Carlos do Pátio (2009/2013), com o lançamento em meados de 2012, com recursos de R$ 2,847 milhões, através do Ministério do Turismo. As obras só foram iniciadas de fato em dezembro de 2013, já na gestão do prefeito Percival Muniz, através da empreiteira Francisco Marino Fernandes e Cia/Tripolo, mas em ritmo muito lento e muitas paralisações, sob alegações de falta de pagamento das medições. Foram pagos até agora R$ R$ 461.259,88, com as edificações abandonadas a partir de 2015. Segundo a Prefeitura, ainda não houve a reprogramação do projeto por parte da CEF.
Edição de 03/02/2018
Aeroporto Municipal – Última paralisação 2017
Serviço de responsabilidade do Governo do Estado, tinha previsão de conclusão em 2014 e agora está sob intervenção do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), diante da acusação de sobrepreço e superfaturamento. As obras em questão foram iniciadas em meados de 2013, na gestão Silval Barbosa, com recursos oriundos da antiga Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur)/BNDES. O valor inicial do projeto era da ordem de R$ 20.892.913,14, tendo um aditivo no valor de R$ 10.290.870,71. O serviço estava sendo executado pela Ensercon Engenharia Ltda. Apesar de não ter evoluído, esse serviço já consumiu R$ 11.607.793,61 até hoje. Governo do Estado não deu posição sobre futuro da obra.
Edição de 11/02/2018
Residencial Celina Bezerra – Construções paralisadas em 2013 e 2016
Ao todo são 2.592 apartamentos previstos na 1ª etapa do Residencial Celina Bezerra, iniciada em 2013. Uma das empresas, a Ávida, ficou responsável pela construção de 1.152 apartamentos, mas desde 2016 não teve mais avanços. A outra empresa que atuava na execução do residencial era a Construtora Aurora, que pediu recuperação judicial, tendo paralisado as obras em estágio inicial, ainda em 2013. Agora, em fevereiro, o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, assinou a suplementação de R$ 29,5 milhões para o reinício de 1.440 unidades habitacionais, antes tocadas pela Aurora. Uma nova empresa foi contratada, no caso a Eldorado, com previsão de reinício em março próximo. Já os outros 1.152 apartamentos, construídos pela Ávida, ainda não têm data certa para que os serviços possam deslanchar. Essa construtora ainda está tentando um aditivo da ordem de R$ 11 milhões.
Edição de 18/02/2018
Bloco do curso de Medicina – Obra interrompida desde 2016
O Bloco da Saúde do campus local da UFMT, que atenderia o curso de Medicina e com entrega prevista em 2015, até hoje não foi terminado. Com recursos do Governo Federal, perfazendo R$ 5,6 milhões, as obras no campus são geridas pela própria UFMT e foram iniciadas em 2014 pela empresa PPO Pavimentação e Obras (atual L.P. Engenharia Eireli). Contudo, os trabalhos foram interrompidos em março de 2016. Segundo informado, a empresa alegou não ter condições financeiras para conclusão do projeto. O Ministério da Educação definiu agora a liberação de R$ 2 milhões para continuidade do prédio inacabado. Após a liberação desses recursos, será iniciada a licitação para contratar uma nova empresa para prosseguir os trabalhos. A expectativa é que essas obras no prédio possam ser retomadas até o começo do segundo semestre de 2018, caso não haja imprevistos.
Edição de 25/02/2018
Praça do Carreiros – Reforma vem sendo adiada há anos
A Praça dos Carreiros espera há mais de 10 anos por uma ampla reforma e revitalização. Diante da necessidade e da cobrança, ainda na primeira gestão do prefeito Zé Carlos do Pátio (2009/2012), um projeto de revitalização do espaço foi elaborado. Com a entrada do ex-prefeito Percival Muniz, um novo projeto arquitetônico para a revitalização da praça foi elaborado em 2015. De fato, Percival decidiu iniciar o projeto da obra de revitalização por etapas, com a construção do monumento alusivo ao carro de boi, em novembro de 2015. O restante do espaço, no entanto, continuou da mesma forma. No começo do ano passado, o entendimento foi por confeccionar um novo projeto de revitalização da estrutura da praça. Segundo a Prefeitura, o novo projeto está sendo adequado para ser encaminhado ao setor de licitação. Não foi informada uma nova data para começo desse serviço tão esperado na cidade.
Edição de 01/03/2018
Rodovia do Leite – Trecho paralisado há mais de 6 anos
A conclusão da pavimentação da “Rodovia do Leite” (MT-459), entre São José do Povo e Nova Catanduva, segue indefinida. O projeto de pavimentação da rodovia começou há quase 10 anos. Um trecho entre Pedra Preta e a localidade “Ponto Chique” foi inaugurado em 2014 pela empresa Tripolo. Já o trecho entre São José do Povo e Nova Catanduva, com 21 quilômetros, teve apenas 5 quilômetros concluídos pela construtora Ensercon. Esses serviços tiveram início em setembro de 2010 e, após a realização do trecho inicial, não prosseguiu mais por falta de recursos. O trecho concluído foi executado pelo programa “MT Integrado”, com recursos do BNDES. A falta de respostas sobre o problema na rodovia sempre foi uma das grandes reclamações da comunidade. Desde então, nada mudou de lá para cá. A situação já foi registrada junto ao Ministério Público do Estado e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Edição de 06/03/2018
Escola Estadual Adolfo Moraes – Reforma paralisada há 2 anos
Alunos, professores e funcionários da Escola Estadual Adolfo Augusto de Moraes, na Vila Aurora, vivem a agonia de uma reforma sem fim. O estabelecimento teve uma grande complicação em julho de 2014, quando sofreu sérios danos após um vendaval que atingiu a cidade. Durou muito tempo até que a licitação fosse lançada e concluída, no final de 2015. A reconstrução da Escola Adolfo começou em janeiro de 2016 através da construtora Ápice Construções Eirelli ME. Contudo, em maio de 2016, as obras foram suspensas diante da operação Rêmora, sob suspeita de estarem ligadas a um esquema de corrupção. O contrato foi rescindido e, desde então, a nova licitação da reforma vem sendo prometida, mas insiste em não ser concluída. A alegação é que o projeto precisou sofrer ajustes. Ainda não há data oficial para retomada da reforma.

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