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Cratera na W-11 ameaça engolir cerca do Terra Nova

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Foto: Divulgação

Uma cratera aberta pelas águas das chuvas no trecho da Avenida W-11, aos fundos do Residencial Terra Nova, na região do Sagrada Família, ameaça engolir a cerca do condomínio e também um poste da rede de energia elétrica. O alerta foi feito pela líder comunitária e subsíndica, Gil Machado, que classifica a situação como “um descaso da prefeitura” com os moradores que sofrem as consequências. Ela chama a atenção para a necessidade do Executivo adotar medidas paliativas até que o Governo do Estado execute a obra de drenagem e pavimentação no bairro.
Gil Machado que faz parte da diretoria da Associação de Moradores do Sagrada Família, explica que o problema de erosão na região é auxiliado pela falta de drenagem no bairro. Ela aponta as avenidas W-9 e W-11 como principais corredores fortes de escoamento de água das chuvas.
A W.11, segundo Gil, tem uma extensão de 3,5 quilômetros e, em 2015, o ex-prefeito Percival Muniz conseguiu fazer com que o Governo do Estado assumisse a responsabilidade pelas obras da via. Com isso, logo em seguida, Gil conta que veio técnico do governo estadual para fazer o levantamento topográfico. Depois disso, nada mais foi feito no local.
No ano passado, acrescenta a líder comunitária, saiu o Projeto Pró-concreto do governo que vai construir cinco pontes. Uma delas contempla a W-11. No mês de junho, lembra Gil, o governador Pedro Taques veio a Rondonópolis e anunciou que já iria montar o canteiro de obra para trabalhar na solução dos problemas da W-11. Mas, isso não aconteceu.

Cratera na Avenida W-11 ameaça engolir a cerca do Residencial Terra Nova – Foto: Divulgação

Na semana passada, Gil conta que conversou com o secretário de Infraestrutura e Logística do Estado – Sinfra, Marcelo Duarte Monteiro. Este lhe informou que falta apenas a licença ambiental para construção da ponte sobre o Rio Vermelho, interligando a Avenida W-11. A previsão é obter a licença no mês de janeiro de 2018 e iniciar a construção da ponte e do acesso (cabeceira da ponte) no mês de março.
SEM ESPERA
Gil Machado diz ser “impossível” esperar pelo começo da obra no mês de março. Ela alerta que aquela erosão já está comprometendo a cerca do condomínio e também o poste existente no local.
“Se a cerca cair, se esse poste cair, pode atingir uma casa do condomínio, toda a fiação que cruza para o bairro vai ser comprometida. Então, queremos alertar o Poder Público – no caso a prefeitura – para fazer um paliativo no local e, não esperar que aconteça esses danos materiais”, diz. Caso ocorra os danos materiais, reforça Gil, “quem vai pagar a conta somos nós”.
Líder comunitária no Sagrada Família, Gil Machado acrescenta que as ruas do bairro estão praticamente “intransitáveis”. Ela conta que alguns moradores precisam guardar o veículo distante de casa porque não conseguem chegar onde moram de carro, devido as ruas esburacadas. “O que a gente vê é um pouco de descaso do prefeito (Zé Carlos do Pátio). “Como dirigentes da associação, estamos há três meses, tentando marcar uma reunião com o prefeito. Ele promete marcar uma data, mas nunca marca”, reclama.
Gil diz que os moradores do bairro estão até dispostos a fazer o asfalto comunitário em que, as famílias pagam uma parte e a prefeitura outra. Mas, isso depende do projeto de infraestrutura do bairro. Os gestores municipais, segundo Gil, dizem que estão fazendo a licitação do projeto. Mas, esta não se conclui. “Desde agosto estou indo atrás e esse projeto nunca está pronto”, reclama.
A liderança comunitária explica que, com esse projeto pronto é que a comunidade tem condições de saber quais ruas não dependem de drenagem. Nessas é possível fazer o asfalto comunitário. Para as vias que dependem drenagem – obra de valor alto – Gil defende que a prefeitura firme parceria com os governos estadual e federal para concluir a pavimentação do bairro.
Gil questiona porque a prefeitura investe recurso próprio em lama asfáltica enquanto que, bairros antigos como a Sagrada Família que já tem 35 anos, ficam sofrendo com os problemas de infraestrutura, com as ruas sem asfalto. “Ele (prefeito) deu entrevista hoje (ontem) e disse que são quase R$ 5 milhões de recursos próprios na lama asfáltica. Poderia trazer esse recurso para os bairros e fazer as obras de drenagem. Daria para fazer o serviço em algumas das ruas de corredor de água mais forte. Estamos bem indignados com esse descaso da prefeitura com o Sagrada Família que tem 35 anos. Entra gestão, sai gestão e ninguém toma a postura de dar o pontapé inicial”, desabafa.

Gil Machado reclama de “descaso” da prefeitura com o Bairro Sagrada Família – Foto: Deivid Rodrigues

Na avaliação da líder comunitária, o descaso começa com a atitude da atual gestão de não cobrar empenho do Governo do Estado na solução do problema, nem trabalhar para atrair os recursos necessários. “Têm bairros mais novos que já estão sendo asfaltados. Porque o descaso só com o Sagrada Família que é um bairro mais antigo?”, questiona.
Gil Machado conta que a obra de drenagem deve custar cerca de R$ 80 milhões e compara que as emendas da bancada federal que somam R$ 50 milhões são insuficientes. Ela sugere que a prefeitura realize a obra de forma fracionada e calcula que o recurso da lama asfáltica daria para fazer as obras em pelo menos uma das ruas do bairro. “A prefeitura tem de tomar uma atitude”, alerta.
DESPESA EXTRA
A enxurrada que escoa de forma violenta pelos chamados corredores fortes de água, reclama Gil, traz consigo um volume grande de terra que se acumula na entrada do Residencial Terra Nova, na Alameda das Rosas, via com duas pistas e apenas uma asfaltada. Muitas vezes o condomínio precisa contratar maquinários para fazer a retirada da terra que pode causar acidentes no local. “Nós estamos gastando muito com máquinas para tirar a terra dali”, completa.

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