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Câmeras de segurança inibem ou não a violência?

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Afinal, as câmeras de segurança apenas estão registrando os casos de violência ou estão inibindo a criminalidade de fato?

Com muita frequência, bandidos são flagrados pelas câmeras de segurança cometendo crimes - Foto: Arquivo
Com muita frequência, bandidos são flagrados pelas câmeras de segurança cometendo crimes – Foto: Arquivo
Foto: Arquivo
Foto: Arquivo

Hoje, as câmeras de segurança estão cada vez mais onipresentes. É possível encontrá-las em vários locais como empresas, casas e ruas. Nesse contexto, tem sido cada vez mais comum a prática de crimes em locais monitorados eletronicamente. Mas, afinal, as câmeras de segurança apenas estão registrando os casos de violência ou estão inibindo a criminalidade de fato?
Para responder a essa pergunta, a reportagem do Jornal A TRIBUNA ouviu representantes de diferentes segmentos da cidade. Os entrevistados responderam que as câmeras auxiliam na investigação dos casos e é uma forma que o cidadão encontrou para se proteger da criminalidade.
Confira a seguir, de forma mais aprofundada, a opinião de um delegado, do comandante da Polícia Militar e de um presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg):

Foto: Arquivo
Foto: Arquivo

DELEGADO DA DERF

Presença de câmeras é importante para a elucidação de crimes

Gustavo Belão, delegado da Derf, afirmou que os vídeos registrados pelas câmeras contribuem quando analisados com demais provas - Foto: Arquivo
Gustavo Belão, delegado da Derf, afirmou que os vídeos registrados pelas câmeras contribuem quando analisados com demais provas – Foto: Arquivo

Deivid Rodrigues
Da Reportagem

A existência de câmeras de segurança em estabelecimentos comerciais ou residências são de extrema importância para a elucidação dos crimes, pois registram por completo as ações delituosas. Esta é a visão do delegado da Delegacia Especializada em Roubos Furtos (Derf), Gustavo Belão, que repassou que não há um estudo ou dado que aponte se as câmeras inibem ou não a prática de crimes. “É um dado subjetivo e impreciso, até mesmo porque temos crimes sendo praticados em locais monitorados por câmeras”, explicou.
De qualquer forma, de acordo com o delegado, o monitoramento por câmeras de locais alvos das ações criminosas tem auxiliado a Polícia Civil durante as investigações.
“Apesar da má qualidade de alguns equipamentos, não conseguindo registrar com clareza a fisionomia dos suspeitos ou uma placa de veículo, por exemplo, esses vídeos contribuem bastante quando analisados com as demais provas produzidas durante as investigações”, concluiu o delegado.


5º BPM

Criminoso opta por locais desprotegidos, afirma comandante

Adnilson de Arruda, comandante do 5º BPM, repassou que câmeras ajudam na identificação de suspeitos - Foto: Flávio Ceará/Show em Negócios
Adnilson de Arruda, comandante do 5º BPM, repassou que câmeras ajudam na identificação de suspeitos – Foto: Flávio Ceará/Show em Negócios

Deivid Rodrigues
Da Reportagem

De modo geral, o bandido que pretende cometer algum ato criminoso vai evitar agir em local que tenha câmera. A observação foi repassada pelo comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar (5º BPM), Adnilson de Arruda, que afirmou que o indivíduo mal intencionado vai escolher locais desprotegidos para praticar crimes.
Segundo o comandante, a câmera também ajuda na identificação de um suspeito. Além disso, o equipamento auxilia a esclarecer como ocorreram acidentes de trânsito e, no caso de roubos de veículos, através das imagens registradas é possível saber por onde o carro ou moto saiu e as características do bandido.
Conforme Adnilson, se todo mundo tivesse câmera isso facilitaria o monitoramento e também o pós-crime. “A partir do momento em que o bandido for em um casa que possua câmeras essa residência deixará de ser alvo apropriado do criminoso”, explicou o comandante do 5º BPM.


PRESIDENTE DO CONSEG

Sociedade e órgãos de segurança precisam se valer mais das câmeras

Valdir Farinha, presidente do Conseg da Região Central, declarou que as câmeras devem ser operadas por pessoas capacitadas - Foto: Arquivo
Valdir Farinha, presidente do Conseg da Região Central, declarou que as câmeras devem ser operadas por pessoas capacitadas – Foto: Arquivo

Deivid Rodrigues
Da Reportagem

A tecnologia tem avançado e os bandidos tentam vencer os obstáculos. A sociedade vai evoluindo e o crime também. A avaliação foi feita pelo presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) da Região Central, Valdir Farinha. Segundo ele, a sociedade e os órgãos de segurança precisam se valer a cada dia mais das câmeras.
Conforme Farinha, o uso desses meios tecnológicos de segurança ou monitoramento foi a forma que o cidadão encontrou para se defender ou proteger um determinado bem contra a marginalidade. “Apesar de não mais inibir tanto a bandidagem, as câmeras podem sim, com certeza, ajudar a reduzir os índices de violência. Desde que vinculada a políticas mais amplas de segurança pública”, comentou.
Para o presidente do Conseg, as câmeras devem ser operadas por pessoas capacitadas para esse serviço, além do que é necessário que esses profissionais também entendam da área de segurança.
“Não adianta colocar o centro de monitoramento e a pessoa que for operar não ter capacidade para o tal trabalho. Vemos todos os dias a polícia pegando imagens gravadas para reconhecimentos de roubos, e furtos e demais acontecimentos”, explicou.
De acordo com Valdir Farinha, o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) conta com 17 câmeras em locais públicos em funcionamento. Segundo o presidente, os equipamentos vêm prestando ótimo serviço a sociedade, uma vez que há pessoas preparadas para lidar com o sistema do Ciosp.
“Precisamos que o prefeito deixe de jogar tudo nas costas do Governo do Estado, quando se fala em Segurança, e libere o restante das câmeras para que a população tenha um pouco mais de tranquilidade”, concluiu Farinha.

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