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“Em 1975, batemos o recorde na venda de tratores”

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O empresário Dilson Rodrigues Cardozo, hoje com 72 anos, é o personagem neste domingo da série de entrevistas especiais do Jornal A TRIBUNA com pioneiros de Rondonópolis. Morando no bairro Vila Aurora II, Dilson têm papel relevante na história econômica de Rondonópolis, tendo sido pioneiro no mercado de máquinas agrícolas. A empresa aberta em 1969, chegou a ficar entre as maiores vendedoras de tratores do país.


Dilson Cardozo: “quando teve início a plantação de soja em 1975, o negócio deslanchou” - Foto: Roberto Nunes
Dilson Cardozo: “quando teve início a plantação de soja em 1975, o negócio deslanchou” – Foto: Roberto Nunes

Nascido em Amambai, no Mato Grosso do Sul, deixou a família no estado vizinho em 1967 para trabalhar. Passou por Rondonópolis, mas seguiu rumo a Cáceres, por onde permaneceu por um ano, e depois por Cuiabá, por quase mais um ano, trabalhando como vendedor.
“Antes disso eu morei em Campo Grande por quatro anos trabalhando com vendas de máquinas agrícolas, e surgiu a oportunidade de trabalhar por aqui. Naquela época, quando passei por Rondonópolis pensei: poxa como morar num lugar desses, deve ser difícil. E não demorou dois anos eu já estava por aqui”, brinca.
Chegando a Rondonópolis, juntamente com mais dois sócios, Dilson deixou de ser empregado para ter então a própria empresa. Primeiro a Comercial Máquinas, representando a empresa Deutz, e pouco tempo depois a Somai, revendedora da empresa CBT.
“Quando chegamos já existia uma casa de vendas, mas ela fechou, o pessoal foi embora e ficamos só nós. Depois chegou o pessoal com a Massey Ferguson”, lembra. A fundação da empresa e a parceria com a CBT foi um sucesso, em pouco tempo eles conseguiram se tornar uma das maiores em vendas no país.

Dilson e a esposa Ana Rúbia, junto a sócia Vera Cremilda e sua filha, em uma festa de lançamento de novo trator em 1986
Dilson e a esposa Ana Rúbia, junto a sócia Vera Cremilda e sua filha, em uma festa de lançamento de novo trator em 1986

“Quando iniciamos no ramo de máquinas agrícolas, era algo que estava começando aqui. A região do cerrado não tinha valor, ninguém acreditava, se vendia bem pouco trator. Mas, quando teve início a plantação de soja em 1975, o negócio deslanchou. Aquele ano foi o nosso recorde de vendas, chegamos a tirar 650 tratores aqui em Rondonópolis. Depois em 1976, vendemos 750, mas já com representantes em Cuiabá, Cáceres, Diamantino… Nos tornamos os maiores vendedores do Centro-Oeste e chegamos a ser o maior do país em vendas da CBT”, conta.
Além do ramo empresarial, Dilson também teve participação importante no União Esporte Clube, sendo inclusive presidente em 1977. “Fiquei por 10 anos na diretoria do União, em outros cargos, e um ano como presidente. Naquela época, chegamos a ficar em 4º lugar em Mato Grosso, que ainda não era dividido. Jogávamos com Campo Grande, Corumbá, Dourados… Era muita dificuldade, não tínhamos nenhum patrimônio”, lembra.
Dilson também é um dos sócios-fundadores do Caiçara Tênis Clube e participou do Lions Clube, Rotary Clube e há mais de 40 anos da Maçonaria, hoje como membro emérito. Na vida pessoal, é casado há 48 com Ana Rúbia Ribeiro Cardoso, pai de dois filhos, Giordana e o vereador Fábio Cardozo, e tem três netos.

Da esquerda para a direita: Dilson Cardozo e Antônio Lourenço Neto (Campo Limpo), com o time do União de 1978
Da esquerda para a direita: Dilson Cardozo e Antônio Lourenço Neto (Campo Limpo), com o time do União de 1978
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2 COMENTÁRIOS

  1. Excelente reportagem; aproveitarei grande parte do texto na segunda edição do meu livro História de Rondonópolis. Meus parabéns ao jornal A TRIBUNA. Ailon do Carmo.

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