Os casos mais conhecidos em Rondonópolis de empresas que receberam áreas da Prefeitura de Rondonópolis, mas não entraram em operação, são os da Fiasul (fiação) e da Fankhauser (implementos agrícolas). As duas áreas foram doadas às empresas Fankhauser e Fiasul nos anos de 1998 e 2000, respectivamente. Os projetos nunca saíram do papel.
O procurador-geral do Município, Fabrício Miguel Correa, informa que a Prefeitura vem requerendo as duas áreas na Justiça, mas pondera que existem dificuldades por parte do poder público municipal diante dos procedimentos tomados anteriormente. Ele explica, por exemplo, que a Fiasul recebeu a área e, na sequência, a Prefeitura autorizou a empresa a fazer sua hipoteca.
Da mesma forma, a Prefeitura diz que agiu a Fankhauser. Após consolidar a transferência de propriedade da área recebida em doação junto ao cartório de registro de imóveis, a beneficiária levantou financiamento, dando a área recebida em doação como garantia de hipoteca. Segundo o procurador, as empresas não concluíram as construções e não pagaram os bancos.
Fabrício Correa diz que até hoje as ações para retomada dessas áreas na Justiça não foram finalizadas. Ele acrescenta que, no caso da Fiasul, o banco também entrou com uma ação contra a empresa. Por sua vez, a Fiasul também ajuizou uma ação contra a Prefeitura de Rondonópolis diante dos investimentos efetivados por ela na área.
Para evitar complicações como essas na retomada de áreas, a gestão atual atesta que o Município não vem mais autorizando que empresas façam a hipoteca de áreas recebidas com benefícios. Na verdade, afirma que pode até autorizar a hipoteca, desde que as empresas ofereçam outra garantia de mesmo valor à Prefeitura.
A área da Fankhauser é bastante conhecida, ficando localizada junto à BR-364, na saída para Cuiabá, no entroncamento com o anel viário. Já o terreno da Fiasul está localizado no quilômetro 204 da BR-163.
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