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Maggi sugere toda duplicação para empresa

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Senador Blairo Maggi: “Tínhamos que achar uma forma de entregar tudo isso para a iniciativa privada”
Senador Blairo Maggi: “Tínhamos que achar uma forma de entregar tudo isso para a iniciativa privada”

Após a paralisação de trechos da duplicação da BR-364/163 entre Rondonópolis e Cuiabá, diante do atraso de pagamentos, o senador Blairo Maggi sugeriu nesta semana ao ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, que as obras de duplicação da parte que vem sendo tocada em Mato Grosso pelo Governo Federal também sejam repassadas para a iniciativa privada, no caso para a concessionária da rodovia em Mato Grosso: a Rota do Oeste, que se vale dos serviços da construtora Odebrecht Infraestrutura. A ideia vem sendo apontada como uma discussão a ser aprofundada devido à crise econômica, com ajuste fiscal, enfrentada pelo País.
“Chegamos à exaustão. Tenho uma sugestão a fazer, já que temos aqui técnicos do TCU [Tribunal de Contas da União]: O trecho de duplicação da BR em Mato Grosso do Sul, que começa em Guaíra e vem até a divisa em MT, possui 800 km, sendo todo ele concessionado, e a velocidade das obras é muito grande. Em MT , metade é público, metade é privado. Tínhamos que achar uma forma de entregar tudo isso para a iniciativa privada… Cabe isso porque o pedágio de Mato Grosso do Sul foi feito sobre os 800 km, sendo que o nosso pedágio é mais barato do que o deles”, apontou, sugerindo a realização de um estudo sobre essa possibilidade.
A proposição do senador foi feita durante audiência pública com o ministro dos Transportes, realizada nesta quarta-feira (29/04). Na ocasião, Maggi informou ao ministro acerca do bom andamento das obras de duplicação da BR-163 em Rondonópolis e em Itiquira, divisa com Mato Grosso do Sul, no trecho de responsabilidade da Rota do Oeste. “A parte privada, que fui visitar na semana passada, é para encher de orgulho as pessoas que vão até uma obra daquela… É emocionante, é máquina para todo o lado, a obra saindo… É isso que a população espera: que uma obra comece e termine”, externou, informando ao ministro que a intenção é entregar cerca de 100 km em pouco mais de 12 meses.

Obra de duplicacao -br-163 - 31-01-15

Enquanto a duplicação da BR ocorre em ritmo acelerado no trecho sob responsabilidade da Rota do Oeste, a obra apresenta vários problemas no trecho sob responsabilidade do Governo Federal
Enquanto a duplicação da BR ocorre em ritmo acelerado no trecho sob responsabilidade da Rota do Oeste, a obra apresenta vários problemas no trecho sob responsabilidade do Governo Federal

Ao contrário, Maggi reforçou a realidade da duplicação sob responsabilidade do Governo Federal em Mato Grosso. “Agora o trecho entre Rondonópolis e Cuiabá é um paradeiro que é um desânimo. Não tem condições de continuar do jeito que está”, lamentou. Para ele, a duplicação da BR-364/163, no trecho que compreende as cidades de Cuiabá e Rondonópolis, passou a ser uma questão de honra . Dessa forma, reforçou o pedido ao ministro para que a obra de duplicação desse trecho seja realmente priorizada, enfatizando que, na crise , é preciso buscar soluções, abrindo mão de algo muitas vezes.
Maggi cobrou providências também para regularizar o pagamento atrasado para as empreiteiras que atuam na duplicação do trecho entre Rondonópolis e Cuiabá. Inclusive, observou que o não pagamento das empreiteiras gera um problema social e empresarial muito grande na região. “Não pagar os fornecedores que fizeram o serviço daqui para trás, para mim, só tem um nome: calote!”, criticou. Dessa forma, o parlamentar alerta que pagar as empreiteiras que já executaram parte das obras na rodovia é fazer justiça. “Pagar as empresas que estão trabalhando nesse trecho, em detrimento das demais, seria uma forma de fazer até justiça, já que diariamente perdemos pessoas queridas nessa rodovia, onde se leva de seis a sete horas para percorrer 200 km”, diz.
SAIBA MAIS – Dos 800 quilômetros de estrada que foram repassados para concessão privada em Mato Grosso, 400 deles estão sendo recuperados e duplicados pela concessionária Rota do Oeste. Nesse caso inclui os trechos entre a divisa com Mato Grosso do Sul e Rondonópolis, entre Posto Gil e Sinop e a Rodovia dos Imigrantes, na Grande Cuiabá. Os outros 400, no caso entre Rondonópolis e Posto Gil, passando por Cuiabá, estão a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), onde há vários problemas.
Vale observar que a proposta em questão deve resultar em um aumento do valor do pedágio a ser cobrado na BR-163 em Mato Grosso, mas ainda seria algo a ser considerado diante da ameaça de ficar, mais uma vez, sem a sonhada duplicação entre Rondonópolis e Cuiabá, as duas maiores economias do Estado.

Movimento contra pedágio em discussão

Diante da paralisação das obras de duplicação da BR-364/163 entre Rondonópolis e Cuiabá, começa a ser articulado dentro de Rondonópolis um movimento de resistência ao começo do pedágio na rodovia em Mato Grosso sem que as obras no trecho conduzido pelo Governo Federal estejam em andamento e em um bom ritmo.
Vale considerar que houve um compromisso do Governo Federal para que, assim que o pedágio estivesse sendo iniciado na rodovia, as obras de duplicação sob sua responsabilidade estivessem em avançado estágio de construção. Contudo, as obras de duplicação sob responsabilidade do Governo Federal, depois da morosidade, agora começam a parar.

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