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Sem duplicação. Sem pedágio!

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Desde o ano passado o Jornal A TRIBUNA vem alertando para a morosidade das obras de duplicação da BR-364/163 entre Rondonópolis e Cuiabá. Neste começo de ano, as obras começaram a ser paralisadas diante do atraso de pagamento para as empreiteiras. Para piorar, conforme noticiado na semana passada pelo Jornal A TRIBUNA, o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, externou que não há previsão de regularização dos pagamentos para obras em logística, o que agrava ainda mais a situação.
Não podemos esquecer a gravidade da situação do principal trecho rodoviário de Mato Grosso: o da BR-364 entre Rondonópolis e Cuiabá. São mortes frequentes, acidentes diários, fluxo de veículos travado e demora de até 6 horas para percorrer um trecho de cerca de 200 quilômetros. Estamos falando de uma realidade em uma rodovia com um dos mais pesados tráfegos de veículos e responsável por grande parte das riquezas agrícolas do Brasil, mas que, mesmo assim, não tem a devida atenção do Governo Federal.
Em forma alguma, a sociedade de Mato Grosso pode esquecer, após anos de luta, do compromisso reiterado do Governo Federal em concretizar a duplicação da BR-364 entre Rondonópolis e Posto Gil, passando por Cuiabá, anunciada inicialmente quando do primeiro Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), com recursos garantidos. Após ter definido no plano de governo a duplicação desse trecho, o Governo aumentou a duplicação em Mato Grosso através da concessão da rodovia para a iniciativa privada.
Ao invés de 400 quilômetros, a concessão da rodovia garante a duplicação de 830 quilômetros, entre a divisa com Mato Grosso do Sul até Sinop. A iniciativa privada assumiu esse trecho da rodovia com um pedágio de valor mais em conta a ser cobrado dos usuários, considerando que metade da duplicação do trecho já tinha sido assegurada pelo Governo Federal. Contudo, diante dos atrasos de pagamento verificados pelo poder público, as concessões em Mato Grosso estão em risco.
Logo o pedágio começará a ser cobrado em um trecho de 830 quilômetros da BR-364/163 em Mato Grosso sem que a duplicação seja realidade em grande parte. Assim, os cidadãos vão começar a pagar pelo pedágio sendo obrigados a trafegar em uma rodovia de pista simples em grande parte do trecho entre Rondonópolis e Cuiabá – o que é inadmissível! É por isso que a sociedade, especialmente de Rondonópolis (que vem tomando à frente essa luta), não pode aceitar que o pedágio comece a ser cobrado sem que as obras de duplicação no trecho de responsabilidade do Governo Federal estejam em andamento.
O caminho mais sensato é a sociedade se mobilizar e lançar uma campanha contrária ao pagamento de pedágio sem que o trecho entre Rondonópolis e Cuiabá esteja em obras de duplicação. Ao final de tudo, como um Plano B, caso realmente não seja possível o Governo terminar a duplicação da nossa rodovia, resta-nos aceitar a sugestão feita pelo senador Blairo Maggi na semana passada: repassar a responsabilidade de toda a duplicação para a iniciativa privada, o que, invariavelmente, demandaria um longo período de paralisação das obras para as adequações burocráticas necessárias e uma oneração na tarifa do pedágio já definida.
O certo é que a nossa classe política não pode dormir no ponto, aceitando que a tão sonhada duplicação da BR-364/163 seja postergada mais uma vez!

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