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, 16 maio 2024
 
 

Pesquisadores desenvolvem estudos para melhorar a produtividade e reduzir emissões de metano na pecuária de MT

Estudo analisa uso de espécies de plantas nativas na alimentação de bovinos

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Bovinos se alimentando com o fruto da espécie nativa “Amarelinho” (Foto: Arquivo/Pesquisador)

Pesquisadores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), em parceria com a Universidade Federal de São Carlos e o Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (CENA/USP), conduzem um projeto visando melhorar a produtividade da pecuária e otimizar a emissão de gás metano em Mato Grosso.

O estudo, intitulado “Novas Dietas para Bovinos com Base em Espécies Nativas na Amazônia Mato-grossense”, é financiado pelo Governo do Estado, pelo edital nº 010/2021 Pesquisa com Alto Nível de Maturidade Tecnológica (PANMT) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat).

O projeto concentra-se no uso de espécies nativas, como o “Amarelinho” (Chloroleucon acacioides) e o “Bordão de Velho” (Samanea tubulosa), na alimentação animal.

Segundo o coordenador do projeto, doutor Alexandre de Azevedo Olival, além dos possíveis benefícios nutricionais, o manejo correto dessas árvores nas pastagens pode melhorar o bem-estar animal e ter impactos positivos no solo e nas plantas forrageiras.

“É um importante passo para enfrentar os desafios da pecuária em Mato Grosso, onde podemos adotar práticas mais sustentáveis e eficientes, utilizando algumas espécies nativas na alimentação animal, com ótimos resultados, fortalecendo assim o setor pecuário no estado”, destacou o pesquisador.

A pecuária desempenha um papel essencial na economia de Mato Grosso, porém, muitas áreas de pastagens encontram-se degradadas, o que dificulta o sistema de produção a pasto e impacta negativamente a biodiversidade. Diante desse cenário, cresce o interesse por alternativas sustentáveis que possam aumentar a produtividade com baixo impacto ambiental.

A espécie “Bordão de Velho“ (Samanea tubulosa), na época da chuva (Foto: Arquivo/Pesquisador)

O projeto é conduzido em três dimensões: avaliação da produção anual e características dos frutos das espécies estudadas, análise da composição dos frutos e dos processos de fermentação in vitro, e avaliação do desempenho e comportamento animal de novilhas alimentadas com os frutos.

Os resultados mostram que o uso do “Amarelinho” e do “Bordão de Velho” na dieta bovina não apenas reduz a emissão de metano, um dos principais gases de efeito estufa associados à pecuária, mas também aumenta o ganho de peso dos animais de corte, contribuindo para uma melhor eficiência produtiva.

A espécie do “Amarelinho” (Chloroleucon acacioides) em época da seca, quando é colhido os frutos (Foto: Arquivo/Pesquisador)

A pesquisa representa um avanço significativo para a pecuária em Mato Grosso, oferecendo diretrizes práticas para a implementação eficaz dessas espécies na alimentação animal.

O pesquisador destaca o papel fundamental da parceria entre instituições acadêmicas e o apoio de organizações como o Instituto Ouro Verde e a COOPERGUARITA, cooperativa que congrega coletores de sementes e produtores de leite em oito municípios no norte de Mato Grosso.

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