O diretor-técnico do Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear), Marcos Brumatti, repassou ontem informações inerentes ao processo de implantação de um aterro sanitário em Rondonópolis. Na edição de ontem, o Jornal A TRIBUNA divulgou a crítica sobre a falta de transparência no processo de licitação para implantação dessa estrutura na cidade, através da análise da ambientalista Ana Paula da Silva Beer, voluntária do “Movimento Recicla Rondonópolis”.
Segundo Marcos Brumatti, o Sanear procedeu a licitação para a coleta e destinação final dos resíduos sólidos de Rondonópolis, tendo como empresa vencedora a Financial Ambiental. A partir da Lei Nacional dos Resíduos Sólidos, explica que o contrato estabelecido prevê a destinação correta dos resíduos sólidos na cidade, podendo ser utilizado o meio mais adequado/viável para isso. A princípio, ele diz que tudo indica que essa destinação final correta será possível se valendo realmente de um aterro sanitário.
Marcos Brumatti informa que o processo licitatório em questão foi concretizado entre janeiro e março deste ano de 2015. Um total de 15 empresas comprou o edital detalhado, visando participação no certame. A ordem de serviço quanto à licitação foi dada, segundo o Sanear, no começo deste mês de abril e, a partir desse procedimento, a empresa vencedora tem um prazo de seis meses, isto é, até outubro de 2015, para garantir a destinação final dos resíduos sólidos de forma correta em Rondonópolis.
Segundo o diretor-técnico, é importante destacar que o contrato deixa em aberto a forma de destinação final correta dos resíduos sólidos. No entanto, informou que a empresa vencedora da licitação já tem alguns locais em vista para implantação de um possível aterro sanitário. A escolha, conforme ele, deve ser feita a partir dos estudos de viabilidade, incluindo critérios ambientais e de logística. A obtenção de licenças ambientais necessárias ficará a cargo da empresa vencedora.
O Sanear também informou que, dentro do processo de destinação correta dos resíduos, serão realizadas audiências públicas para que a população tenha conhecimento de todos os procedimentos a serem tomados. Marcos Brumatti informa ainda que o contrato prevê que a empresa vencedora disponibilize um local próximo ao destino final (possível aterro) para que seja feita a triagem dos resíduos. Nisso, a Prefeitura ou o Sanear deve fomentar uma cooperativa de reciclagem para realização da coleta seletiva na cidade, aproveitando os catadores que hoje atuam no lixão.
“O nosso objetivo é chegar até o final do ano cumprindo essa legislação, no caso o Plano Nacional dos Resíduos Sólidos, garantindo uma destinação correta para os resíduos sólidos em Rondonópolis”, afirmou o diretor.
Mais outra informação repassada é que ainda não há uma data definida para o começo da cobrança da “taxa do lixo” em Rondonópolis.
