As chuvas torrenciais que desabaram sobre Rondonópolis na noite de anteontem e manhã de ontem provocaram vários pontos de alagamentos na cidade. O transtorno, que ao longo dos anos vem se tornando um problema crônico para a população, está sendo creditado à deficiência das redes de galerias de águas fluviais. De acordo com o secretário de Infraestrutura do Município, Melquíades Netto, as redes de 60 centímetros do centro e bairros estão pequenas para a vazão atual das enxurradas. Além disso, a cidade depende de muitas obras de canalização, drenagem e galerias pluviais, principalmente na região do Sagrada Família.
Devido a forte chuva, foram registrados pontos críticos de alagamentos na Rua Otávio Pitaluga e Rio Branco ao lado do pátio da feira da Vila Aurora; Avenida Lions Internacional, entre a Rua Pedro Ferrer e José Barriga, além de pontos na Avenida Presidente Médici.
A situação mais grave ocorreu nas imediações e na frente do Residencial Terra Nova, ao lado do bairro Colina Verde. As ruas do condomínio se transformaram em um verdadeiro “rio”. A enxurrada chegou a invadir algumas casas e os moradores precisaram agir rápido para salvar móveis e eletros.
Conforme explicações da assessoria de imprensa da prefeitura, o residencial, em anos anteriores, foi liberado para ser construído indevidamente, pois o local é um manancial e corredor de água das chuvas em direção ao Rio Vermelho que fica no fundo do condomínio. As enxurradas de toda região do Sagrada Família, Cidade de Deus I, II, Residencial André Maggi, Parque São Jorge e outros, atualmente ainda sem infraestrutura de redes de águas fluviais e coletores, deságuam sentido ao Terra Nova e Rio Vermelho.
“Para resolver esta situações de alagamento do Terra Nova é preciso a construção de toda a parte de canalização, drenagem e galerias em todos os bairros acima dele. O custo destas obras não é barato, a estimativa é de R$ 80 milhões. A prefeitura sozinha não dá conta, vai precisar de investimentos dos governos federal e estadual. A princípio, a prefeitura estará investindo R$ 5 milhões em obras de canalização e drenagem ao entorno da Rua W-11. Após estas obras a situação de alagamentos das vias será amenizado”, prevê Melquíades Netto. (Sobre a cheia dos rios Vermelho e Arareau leia notícia na página A*8 desta edição)
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