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, 18 maio 2024
 
 

Centro Pop já atendeu mais de 600 pessoas

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O Centro Pop  fica localizado na Rua Poxoréu, 840, centro, entre a Rua Rui Barbosa e Avenida Bandeirantes
O Centro Pop fica localizado na Rua Poxoréu, 840, centro, entre a Rua Rui Barbosa e Avenida Bandeirantes

Funcionando desde julho deste ano, com o intuito de atender cidadãos em situação de risco social e de rua, o Centro Pop (Centro Especializado para Pessoas em Situação de Rua) já atendeu mais de 600 pessoas em 2014. Em sua maioria, o perfil dos que procuram pela unidade é de homens, com faixa etária entre 18 a 70 anos, em sua maioria trabalhadores, que vêm para a cidade atrás de oportunidades e não se encaixam em um emprego.
“Para essas pessoas, primeiramente nós oferecemos um trabalho, para os que têm condições de trabalhar, e documentação para aqueles que extraviaram. Mas o grande problema que enfrentamos é que a maioria dessas pessoas tem problemas com dependência de álcool ou outra droga, o que dificulta muito um trabalho de reinserção dessa pessoa na sociedade”, afirmou o coordenador do Centro Pop, Danilo Ferreira de Oliveira.
“A grande maioria dessas pessoas que permanece nas ruas, não é de Rondonópolis. São uma espécie de andarilhos e ficam aqui por encontrarem facilidades para permanecer nas ruas, usando da solidariedade das pessoas. No caso daqueles que vieram de outras cidades ou estados e queiram voltar para seus locais de origem, desde que passem por uma triagem e consigam nos provar que têm uma família ou um trabalho para onde ir, nós providenciamos a passagem”, acrescentou.
De acordo com ele, no caso das pessoas com problemas de dependência química ou alcoólica, e que procurem por ajuda, as mesmas são encaminhadas para a Casa Esperança, entidade que trabalha com a recuperação e reinserção social desses indivíduos, com quem a prefeitura mantém um convênio, justamente para receber essas pessoas.

Danilo Ferreira de Oliveira, coordenador do Centro Pop: “nós trabalhamos tentando convencer essas pessoas que a rua não é o melhor lugar para se viver”
Danilo Ferreira de Oliveira, coordenador do Centro Pop: “nós trabalhamos tentando convencer essas pessoas que a rua não é o melhor lugar para se viver”

“Infelizmente, não são todas que querem sair das ruas. Se essa pessoa quiser deixar as ruas, o Município tem condições de ajudá-lá e encaminhá-la para um abrigo, albergue ou um centro de recuperação. Mesmo que a pessoa queira permanecer na rua durante o dia, mas prefira dormir toda noite num abrigo, o Centro Pop encaminha para o abrigo da Vila Operária, onde ela pode tomar banho, jantar, dormir em uma cama limpa. Mas isso depende do querer da pessoa e a maioria não quer, infelizmente”, lamentou.
Segundo Danilo Ferreira, como os moradores de rua não podem ser forçados a deixá-la, a menos que sejam flagrados cometendo algum crime, há pouco o que o Poder Público possa fazer. “Nós trabalhamos tentando convencer essas pessoas que a rua não é o melhor lugar para se viver. Mas, a maioria, tem problemas de dependência química e seus laços familiares e com a sociedade foram rompidos. Para elas, o que resta é a rua, que é onde encontram outras pessoas na mesma situação, com quem preferem se relacionar e conviver”, repassou.
Ainda segundo ele, periodicamente é feito um trabalho com uma equipe multidisciplinar, envolvendo promotoria, assistentes sociais, psicólogos e outros profissionais, com o objetivo de tentar convencer os moradores de rua a irem para um abrigo, mas o trabalho tem dado poucos resultados. “Isso nos dói admitir, pois nosso objetivo é proporcionar uma vida com mais dignidade a essas pessoas, mas existem aquelas que não nos deixam ajudá-las e, nesse caso, pouco ou nada podemos fazer”, concluiu Danilo.

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