Iniciada duplicação da 163 até o terminal

Começaram oficialmente nesta segunda-feira (09/06) as obras de duplicação da rodovia BR-163 entre o “Trevão” e o terminal ferroviário, em Rondonópolis. Os trabalhos iniciaram a partir do terminal ferroviário e vão avançar rumo ao perímetro urbano local. O trecho é a primeira obra a ser executada pela concessionária da rodovia em Mato Grosso, denominada de Rota do Oeste, pertencente ao grupo Odebrecht.
O diretor-geral da Rota do Oeste, Paulo Meira Lins, esteve em Rondonópolis ontem para o lançamento da duplicação da BR-163 nesse trecho. Ele explica que o trecho entre o terminal ferroviário e o “Trevão” possui 25 quilômetros, mas que, a principio, está assegurada a duplicação de 22,7 quilômetros. Justifica que a concessionária está no aguardo de uma decisão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) quanto ao trecho restante, de 2,3 quilômetros – referentes ao perímetro urbano local.
Para as obras em questão, a concessionária montou um posto avançado na Avenida Presidente Médici, prédio da antiga Rondomaq, para servir como oficina, depósito de suprimentos e equipamentos, além de escritórios. Em frente ao terminal ferroviário de Rondonópolis, a Rota do Oeste montou seu canteiro de obras, para servir de apoio direto aos trabalhadores, com refeitório, banheiros, entre outros. Paulo Lins informa que a duplicação desse trecho gera 70 empregos diretos neste momento, mas até agosto devem ser 300 contratados diretos.
Conforme a concessionária, os trabalhos começam em ritmo acelerado, contando com cerca de 10 quilômetros de vegetação suprimidos para implantação da nova pista. Nesta fase inicial, Paulo Lins explica que serão executados os serviços de terraplenagem, drenagem e construção da base da nova pista. A concessionária garante a conclusão da duplicação da BR-163 até o terminal ferroviário em um prazo de até 13 meses, isto é, até o início do segundo semestre de 2015, já incluindo o período chuvoso, de retração dos serviços.
A pista já existente da BR-163 entre o Trevão e o terminal ferroviário, inicialmente, deve passar por uma recuperação superficial, uma operação tapa-buracos, sinalização e roçada das margens. Paulo Lins explica que, logo após a liberação da nova pista, deve iniciar o serviço de recapeamento total da pista existente, até para não prejudicar o fluxo de veículos na rodovia. Nesse trecho até o terminal, adianta que estão previstas três obras de artes especiais (não foi especificado o tipo), as quais serão iniciadas a partir do segundo semestre de 2015. O trecho logo após o “Trevão”, no acesso ao novo distrito industrial, é um dos que deve receber uma obra de arte especial.
Até o fim de 2014, a Rota do Oeste estima investir cerca de R$ 250 milhões na duplicação do trecho entre o “Trevão” e o terminal ferroviário, devendo atingir cerca de R$ 350 milhões até o final das obras no trecho. Com relação ao destino das obras da Travessia Urbana da BR-364, que se sobrepõe em Rondonópolis com a 163, Paulo Lins respondeu que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) solicitou a inclusão desse trecho no contrato da Rota do Oeste, mas que ainda está pendente de uma decisão da ANTT.
Além desse trecho em Rondonópolis, a concessionária inicia nas próximas semanas obras de melhorias no contorno de Cuiabá, na Rodovia dos Imigrantes, e entre o Posto Gil e o município de Nova Mutum. Com serviços de recuperação em pontos críticos e implantação de serviços iniciais de ambulância, guincho e 0800, a empresa espera que os usuários já sintam melhorias ao trafegar sobre os trechos sob responsabilidade até o final deste ano.
A obrigação da concessionária Rota do Oeste é realizar a duplicação de 453,6 quilômetros, da divisa com Mato Grosso do Sul até Rondonópolis e do Posto Gil a Sinop, além da Rodovia dos Imigrantes, na capital. As obras serão feitas pela concessionária, através da construtora Norberto Odebrecht.
A duplicação da BR-163/364 entre Rondonópolis e Posto Gil, passando por Cuiabá, continua sob a responsabilidade do Governo Federal e, assim que a mesma for concluída, a empresa assume a concessão desse trecho também.
Enquanto o DNIT estiver com essas obras, o contrato de concessão prevê que a manutenção e a conservação do trecho entre Rondonópolis e Posto Gil continuam sob responsabilidade do Governo Federal.