Após realização de uma assembleia geral ontem (20) na Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá, os professores e profissionais da educação analisaram a proposta apresentada pelo Governo do Estado e decidiram continuar com a greve. Segundo a presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores de Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) de Rondonópolis, Maria Celma Oliveira, será apresentada uma contraproposta ao Governo do Estado para que as negociações avancem.
De acordo com Maria Celma, o Sintep encaminhará ao Governo uma solicitação de que a primeira etapa de aumento salarial ocorra ainda este ano, com os mesmos valores indicados pelo próprio Governo do Estado.
A categoria também discordou da proposta de parcelamento em 3 vezes do pagamento da hora-atividade e cobrou a imediata aplicação do direito dos trabalhadores. O tempo aos profissionais para planejamento de aula, pesquisa e correção de trabalhos, conforme o Sintep, é um direito que foi extinto em 1992 pelo governador Jaime Campos e desde então não pode mais ser gozado pelos contratados. Os trabalhadores consideram que a luta é legal e a hora-atividade não pode ser mais prorrogada.
A greve dos professores e profissionais da educação teve início no dia 12 de agosto e já completou 40 dias. A categoria deverá permanecer acampada na Capital no Centro Político e Administrativo (CPA) enquanto as negociações avançam.
O presidente do Sintep-MT, Henrique Lopes do Nascimento, destacou logo no início da assembleia que a primeira proposta salarial chegou aos 38 dias de greve e é preciso refletir e avançar mais junto ao Governo.
O encaminhamento da direção do Sintep/MT sobre o acatamento parcial do documento do Executivo foi um consenso no momento da votação. Foi decidido que os municípios devem ter mais tempo para avaliar em assembleias locais a proposta.
“A nossa pauta foi construída através da mobilização do sindicato e vamos reafirmar nossos princípios. É uma proposta (do Governo) que poderia ter vindo antes, mas abriu o diálogo e queremos avançar para chegarmos a um consenso”, disse Henrique.
O ponto de maior discussão segundo Henrique, ocorreu na data para o início da política de dobrar o poder de compra. “O que a categoria questiona é porque o governo não apresenta a previsão de reajuste a partir de 2013”.
Eu sou aluna e sou a favor de que a greve continue, porque é mais do que direito de que os professores continuem em greve, porque na minha opinião os professores deveriam ganhar tão bem ou mais do que muitos profissionais, porque é através dos professores que existem os grandes e pequenos profissionais trabalhadores.E vou continuar dando a maior força para todos os professores de todo o Brasil.