–> LIBERADO –> A Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Rondonópolis realizou ontem (5), uma visita às Estações de Tratamento de Água (ETA) do município, no intuito de constatar, in loco, informações repassadas por membros da Rede Socioambiental de que as mesmas estariam causando um forte impacto ambiental nas regiões onde estão localizadas.
A visita foi comandada pelo vereador Olímpio Alvis (PR), presidente da Comissão, e vereador Reginaldo Santos (PPS), membro da Comissão, acompanhada por engenheiros e técnicos do Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear) e ambientalistas. Entre as estações visitadas estão a do Jardim Assunção e Jardim Nova Era.
Segundo Olímpio, as novas instalações destas estações estão prontas para funcionar, mas, por uma questão que ele acredita ser burocrática, ainda não estão ligadas, com isso o tratamento da rede de esgoto ainda é reduzido. Conforme o vereador, as redes de esgoto que depositam os resíduos vindos das residências estão sendo jogadas diretamente nos Córregos Queixada e Canivete.
De acordo com o presidente do Grupo Arareau de Pesquisa e Educação Ambiental e representante da Rede Socioambiental, Magno Pereira, o alerta foi feito por conta do risco de que o esgoto lançado nestes córregos chegue aos rios e provoque sérios prejuízos à população.
Diante das reclamações, o engenheiro ambiental do Sanear, Hermes Ávila de Castro, afirmou que as obras de melhorias das ETAs ainda não foram finalizadas e que a previsão de término é para novembro deste ano. Segundo o engenheiro, com a conclusão dessas reformas, o tratamento da água passará a receber cerca de 700 litros de esgoto por segundo, atualmente é captado em torno de 240 litros por segundo. Além disso, Hermes informou que o sistema de tratamento passará de anaeróbio para aeróbio, o que vai colaborar para reduzir o mau cheiro.
Após as explicações do representante do Sanear, o vereador Olímpio, juntamente com o vereador Reginaldo decidiram por realizar uma reunião para dar continuidade ao assunto e procurar soluções para o problema, buscando reduzir o prazo de conclusão das obras de melhorias das ETAs e diminuir a quantidade de esgoto lançada nos córregos do município.
Para essa reunião, serão convocados representantes do Ministério Público, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, diretoria do Sanear e ambientalistas.
Neste encontro, será apresentado também um outro problema constatado durante as visitas, o risco que poderá correr os futuros moradores de novos residenciais que estão sendo construídos pela prefeitura – o Residencial Maria José Fernandes de Souza, conhecido como Residencial Fiuca, e Residencial Magnólia Angélica de Araújo, localizados na entrada da Rodovia do Peixe.
Os vereadores concordam com os ambientalistas que acreditam que os habitantes destes locais poderão ser prejudicados por conta da proximidade com uma das ETAs, especialmente por causa do mau cheiro sentido nas futuras instalações desses residenciais. “Temos que agir desde agora, evitando futuros problemas, pensando principalmente na saúde dos moradores e no impacto ambiental que pode ser resultado com a construção desse residencial”, observou Olímpio.
