Desde o anúncio da demissão de Israel Paniago do cargo de coordenador geral do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Rondonópolis, no mês passado, o órgão vem enfrentando problemas de ordem administrativa. Até o momento, parte dos problemas vem sendo contornada devido a dedicação da equipe técnica e dos profissionais do Corpo de Bombeiros que se esmeram em manter os serviços com a qualidade que tornou o Samu de Rondonópolis uma referência e modelo de atendimento nacional. Mas, pelo que apurou a reportagem do A TRIBUNA, a situação está ficando insustentável sem a presença de um administrador.
A decisão política do prefeito Zé Carlos do Pátio, em exonerar o coordenador, provocou um mal estar na unidade. Acéfalo, o órgão vem enfrentando problemas administrativos e já preocupa, inclusive, a classe médica que presta serviço na unidade. Tanto é que o Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso enviou representantes jurídicos para a cidade e manteve, no decorrer dessa semana, uma reunião com o promotor de Justiça Ari Madeira, onde foram entregues alguns encaminhamentos de demanda e problemas verificados para serem avaliados pelo Ministério Público.
A preocupação, segundo o diretor do Sindicato e médico do Samu, Kleber Júlio Amorim da Silva, é garantir a continuidade e melhorias dos serviços ofertados à população. “Não estamos querendo tratar do assunto de forma política. Queremos avaliar a situação de forma técnica. Nunca vimos o Israel Paniago como figura política. Pelo contrário, ele sempre foi um profissional técnico e competente que conhecia a fundo o processo administrativo do Samu”, externou.
O médico repassou ainda que, sem um coordenador, a equipe técnica está sem um interlocutor, sem um “link direto” com a administração.
Conforme informações, nos próximos dias, uma equipe do Ministério da Saúde deverá vir a Rondonópolis para avaliar o Samu, como vem fazendo em todo o país e, caso o encontre acéfalo, sem um coordenador, poderá avaliá-lo negativamente, fazendo com que perca a posição privilegiada de referência e modelo nacional.
Também no decorrer da semana, o prefeito Zé Carlos do Pátio falou na possibilidade de uma enfermeira [ele chegou a citar o nome], assumir a coordenação local do Samu. Mas, até o final da tarde de ontem, isso não havia acontecido.
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Essa é mais uma atitude grotesca do nosso prezado administrador municipal.
Infelizmente ainda existem absurdos como este em nosso estado! Demitir uma pessoa que vinha realizando um bom trabalho apenas por questão política e pessoal é lamentável. Por isso que os cargos públicos de confiança deveriam ser extintos. A solução é a criação de concursos públicos, pois garantem estabilidade aos funcionários e uma melhor prestação de serviços à população.
Isso é uma vergonha e quem perde é a população de Rondonópolis e adjacências.