A rotina desalentadora de enfrentar excessivo período de tempo em filas de agências bancárias continua a fazer parte da vida de grande parte dos rondonopolitanos, após mais de 10 anos da criação da lei municipal que estabelece o tempo de permanência mínima nesses estabelecimentos para ser atendido. Em muitas agências bancárias da cidade, principalmente no começo de cada mês, raramente o cliente é atendido dentro do prazo estabelecido pela lei. A situação gera transtornos, aborrecimentos e revolta, mas persiste em atormentar os clientes.
A lei determina que o prazo de atendimento ao cliente deve ser feito em até 25 minutos em dias normais, salvo na véspera e após feriados prolongados, quando o tempo de espera passa a ser de até 40 minutos. Também estabelece que as agências bancárias devem colocar pessoal suficiente para no mínimo quatro caixas, para que o atendimento seja efetivado em tempo razoável. No entanto, a realidade tem sido bem diferente em muitas agências bancárias locais, conforme relato dos clientes (veja enquete nesta página).
Um dos casos mais complicados é das agências da Caixa Econômica Federal, que, além do atendimento bancário normal, atende os municípios da região quanto a pagamento de bolsas sociais, Fundo de Garantia, Seguro Desemprego, PIS, entre outros. São duas agências da Caixa na cidade, mas a enorme demanda faz os clientes ficarem até horas nas filas. Na agência da Arnaldo Estevan, os usuários chegam a madrugar diante da agência.
O problema da demora nas filas se estende para as outras agências da cidade. O Banco do Brasil é um dos que mais sofre com a enorme quantidade de usuários em muitas épocas do mês, resultando em excesso de tempo nas filas. Nessas épocas mais movimentadas a agência Rondonópolis vira uma espécie de “formigueiro humano”, diante de tanta gente. Em certos dias, a fila de acesso à agência, antes do horário de abertura, chega a sair do estabelecimento e dar a volta na quadra.
A maioria dos usuários de bancos privados e cooperativas também continua a sofrer com o excesso de tempo nas filas nos dias de maior incidência de pagamento de salários. Veja nesta reportagem especial do Jornal A TRIBUNA um pouco mais desse problema que tira o tempo de boa parte dos moradores do município.
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O congestionamento nas filas de banco se dá devido a esse horário de se abrir as portas do banco as 10 h e fechar as 15 h. Antigamente os bancos abriam as 8 da manhã e fechavam as 16 horas, com dois turnos de funcionários. Naquela época tinha banco com aproximadamente 145 mil funcionários e hoje têm apenas 40 a 45 mil. Enquanto não se rever esse horário estúpido, que somente favorece aos bancos, as filas vão continuar. Cadê o Ministério Público???
Quando os fornecedores como o mencionado estiverem respeitando o cidadão, eles terão a chance de merecerem os aplausos que pleiteiam com seus comerciais.
Talvez, não mais que talvez, o brasileiro tenha começado a desconfiar, ainda que palidamente, que há, a seu favor, toda uma legislação e um mecanismo para aplicá-la. As idéias, parece, estão sendo fertilizadas.
Isso é bom. Vai ensinando aos transgressores como se portar em relação ao cidadão. Afinal, é este quem abastece os seus cofres, gerando impostos, encargos, salários e lucros. Ousar é preciso.