Equipe de busca e PM retomam ações para acolher os moradores de ruas

A Equipe de Busca da Assistência Social do Município retoma as ações para acolher e dar assistência aos moradores de rua. A decisão de reforçar o trabalho realizado em parceria com a Polícia Militar – PM, foi definida na reunião entre a secretária Neuma de Morais e o comandante do 5º BPM, tenente-coronel Pery Taborelli, na tarde de ontem. O interesse é localizar as pessoas que queiram sair das sarjetas e lutar para se reintegrarem à família e à sociedade em geral.
A ação policial articulada pelo comandante Taborelli consiste em identificar os moradores de rua e conduzi-los ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania – Cisc. Os alcoólatras interessados numa nova oportunidade de vida, podem encontrar amparo na Casa Esperança, coordenada pela vice-presidente Abadia Rosa Miranda. A preocupação das autoridades é com relação a pessoas em outras situações, como os dependentes químicos.
A participação da PM na operação de busca, avalia Neuma de Morais, contribui para convencer aqueles que vivem nas ruas a aceitarem a ajuda do Poder Público e da direção de entidades que oferecem abrigo a eles, como a Casa Esperança. A secretária explica que a legislação brasileira assegura o direito de todos poderem ir e vir livremente. Portanto, os profissionais da equipe de busca não podem forçar nenhuma pessoa a deixar a sarjeta para viver de forma mais digna.
Neuma de Morais e o comandante Taborelli defendem que é necessário manter a operação de busca continuamente, para obter o resultado positivo almejado. O interesse das autoridades é contribuir com o processo para recuperar a autoestima dessas pessoas e reintegrá-las ao convívio familiar e ao meio social.
NA SARJETA
A maioria dos moradores de rua existentes no município é de homens que migram de outras regiões do Estado e do país, em busca de oportunidade de emprego e uma vida melhor. A falta da formação e do conhecimento técnico exigido pelo mercado de trabalho, frustra a expectativa dessas pessoas. Em consequência disso, muitas delas perdem o vínculo familiar e os valores da vida. Sem esperança, esses homens adotam as ruas da cidade pólo da região do Estado como lar e a solidariedade da população como meio de sobrevivência.
A reunião para discutir a situação dos moradores de rua e definir a retomada dos trabalhos foi provocada pelo vereador Olímpio Alvis que considera o fato preocupante. “Era necessário se fazer essa discussão para entendermos o que se pode fazer para melhorar mais as ações”, disse.
TRABALHO INFANTIL
A equipe de busca da Secretaria vai atuar também na fiscalização do trabalho infantil nos bairros da cidade. A coordenadora do Departamento de Proteção Especial, Joelma Galvão de Lemos, explica que os profissionais vão percorrer as diversas regiões, ao longo do dia, para identificar a exploração da mão-de-obra de crianças e adolescentes. No período noturno, a equipe vai trabalhar em prol dos adultos que vivem nas ruas.