26.3 C
Rondonópolis
, 18 maio 2024
 
 

Minhas férias

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img

Estaria eu equivocada ou o título acima remete muita gente ao primeiro dia de aula, na “escola primária”, quando a dita redação era solicitada pelo único professor que lá se encontrava, responsável por cada turma?
Acompanhando as catástrofes das últimas semanas no Brasil, aparentemente ocasionadas pelas chuvas de verão, não consigo responsabilizar nada ou ninguém mais que a falta de educação de nosso povo. Bairros inteiros construídos em áreas inadequadas com o endosso dos governantes que fazem vistas grossas até o momento de parecerem comprometidos liberando verbas bilionárias fazendo de conta que reparam os estragos. Quanto mesmo vale uma vida?
E quando falamos em educação não dá para pensar em bolsa escola, bolsa família ou vale gás que causam enjôo justamente por enganar pessoas que desprovidas de educação tanto acadêmica quanto de berço vendem seus votos para políticos que passam a mão na cabeça de adultos ignorantes como agradam crianças com um doce. Isso é compra de voto sim senhor!  Permanecendo no poder garantem a FALTA DE EDUCAÇÃO de nosso povo que continua poluindo a natureza, por exemplo, e pagando com a vida pelas consequências de suas intempéries. Evidentemente o problema é tão vasto quanto nosso território.
Voltando ao título do artigo que remete à educação acadêmica, quantas mudanças nas últimas décadas! A crítica que aponta a piora significativa é avaliada como retrógrada, desconsiderando os avanços da tecnologia que coloca à disposição de todos, informações sobre o que está acontecendo no mundo a cada minuto.
A questão fundamental passa longe disso. Educação vai muito além de informação. Para esta prescindimos do professor.  E a formação? Sem acesso à mesma haverá dignidade? Quantas vezes nos deparamos com um candidato a emprego (adulto, claro) com vários filhos, levando uma vida miserável e pedindo humildemente, caso seja o escolhido para a vaga, para trabalhar sem registro em carteira para que não perca uma dessas bolsas vergonhosas pagas com sua dignidade. E assim se perpetua a miséria do cidadão (?) que na velhice não contará com seus direitos de aposentadoria, correndo o risco de morrer à beira da indigência.
Sim, gastar uma exorbitância com limpeza do Rio Tietê se faz necessário para evitar novas enchentes em São Paulo. Mas até quando o paliativo? E a educação de base para a preservação? Temos aí a corroboração da tese: não adianta proporcionar saúde sem educação. E educação é investimento em nossos pequenos que são sábios, lúcidos e raramente ouvidos. Potencial não lhes falta. Precisam de norte, muito mais que computadores doados e não instalados, toneladas de material escolar estocados e excesso de informações a serem engolidas sem mastigar.
Quando dei título a esse artigo pretendia comentar um livro que considero o máximo de sensibilidade de uma jovem escritora que se coloca na pele de um aluno de sexta série no primeiro dia de aula fazendo uma redação sobre as férias. Talvez o rumo do artigo tenha sido alterado porque as consequências da falta de educação nesse país que é nosso são revoltantes.
Mas em tempo, Christiane Gribel (brasileira) com seu livro “Minhas férias, pula uma linha, parágrafo” proporciona essa leitura lúdica alertando para a diferença operada quando pais e educadores permitem que a criança produza, fazendo-a pensar, ainda que quebre paradigmas, ao invés de fazê-la engolir o que está na ementa que pode até ser pós moderna.
Peço desculpas pela pretensão, mas considero a leitura obrigatória por parte dos adultos sensíveis à importância da formação de nossas crianças. E que elas leiam também! Serão cativadas pela perspicácia da autora e ilustrador (Orlando Pedroso) que conseguem denunciar coisas sérias brincando.
Pronto! Concluída minha tarefa das férias!
Ao ano letivo com novas perspectivas!
*CRP 14/0435-0
Correspondente da Delegação Geral – MS/MT- Escola Brasileira de Psicanálise
Psicoclínica – 66 3421 5684

- PUBLICIDADE -spot_img

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Espanta o “fantasma”: Ao apagar das luzes, prefeitura renova CRP por mais 6 meses

A Prefeitura de Rondonópolis conseguiu ontem, aos 45 minutos do segundo tempo, a emissão, pelo Ministério da Previdência, da...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img