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EDITORIAL: Muitos milhões sobrando?

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(Foto – Arquivo)

O investimento, pela Prefeitura Municipal, de mais de R$ 3,5 milhões para cercar sete praças e áreas de lazer em Rondonópolis causou novos questionamentos entre os moradores e, realmente, é um tipo de investimento de recursos públicos que causa certa estranheza em um momento como o atual, em que o prefeito José Carlos do Pátio determina contingenciamento na saúde por gastos além do orçado, dentre outros problemas que a cidade enfrenta.

O que se questiona são as prioridades da gestão municipal, afinal, R$ 3,5 milhões são recursos altos e que poderiam contribuir para promover melhorias em áreas essenciais e que necessitam de investimentos urgentes.

E nem estamos falando do pedido, de 12 milhões de reais para serem repassados para a AMTC, a Autarquia de Transporte Coletivo, que deu entrada na terça-feira, 24, na Camara Municipal, mas que foi barrado o regime de urgência solicitado pelo prefeito, para ser melhor avaliado pelos vereadores.

Será que esses recursos não seriam melhores aproveitados caso estivessem sendo usados para garantir que não faltassem medicamentos, para ampliar a oferta de exames, diminuir a fila de cirurgias, contratar mais médicos? Não seriam mais aproveitados se utilizados em obras para melhorar a mobilidade urbana, em serviços que poderiam organizar mais o trânsito da cidade?

A realidade é que Rondonópolis é uma cidade que ainda precisa ampliar e melhorar alguns serviços públicos básicos e investir em obras que vão dar mais qualidade de vida aos moradores. Neste contexto, é evidente que o prefeito precisa avaliar melhor as prioridades da cidade.

Além disso, o argumento para cercar as praças também é questionável. Sabe-se que a cidade tem realmente problemas com o vandalismo e espaços públicos são alvos constantes, porém construir uma cerca em torno da praça será mesmo a solução mais adequada?

Não seria melhor a Prefeitura avaliar a possibilidade de investir mais para estruturar adequadamente o Gabinete de Apoio à Segurança Pública, que desde que foi criado está relegado a segundo plano sem ações efetivas que possam contribuir para melhorar a segurança pública, ou ainda, apostar na criação de uma guarda municipal, que poderia atuar tanto na fiscalização do trânsito, como na guarda do patrimônio público.

São situações que deveriam estar sendo melhor avaliadas pela gestão municipal. Uma gestão pública precisa trabalhar com prioridades, colocando a população sempre em primeiro lugar, e não desperdiçar recursos em obras e serviços que não vão contribuir para dar mais qualidade de vida aos moradores.

 

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1 COMENTÁRIO

  1. A verdade é que temos uma cidade próspera, bastante recursos, porém muito mal administrada, não é nem questão de opinião, vide as inúmeras reportagens e o dia a dia de como estão as obras públicas e o desenvolvimento de Rondonópolis. Temos uma gestão pífia, pautada no populismo onde é mais importante fazer praças do que enfrentar de vez os problemas graves do trânsito, saúde, buscar investimentos no setor industrial e a instalação de câmeras que estão disponíveis mas até o momento a prefeitura não instalou nenhuma para melhorarmos na segurança pública da nossa cidade.

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