Povo: o grande perdedor

As baixarias no Congresso Nacional estão surpreendendo até os mais otimistas. Governo e oposição estão, literalmente, se estapeando! Dava para rir, se o caso não fosse de chorar. Enquanto lunáticos jogam lama em civilidade, ética e respeito e proporcionam cenas lamentáveis em plena Comissão de Ética, a economia do país está parada e o povo sendo cada vez mais encurralado por uma crise econômica que está apenas no seu início.
O que se vê são manobras, de ambos os lados, todas visando interesses próprios e partidários, todas visando dinheiro, todas visando acima de tudo poder. Eles tentam se manter a qualquer preço, e o custo final quem pagará somos nós, os contribuintes, os primeiros que são afetados pelo barco que está afundando.
As previsões para 2016 são as piores, crescimento ainda menor, inflação ainda maior e turbulência política. Como fica o cidadão no meio disso tudo? Seguimos para um caminho de retrocesso econômico.
Já se viu de tudo até aqui, escândalos, denúncias… Tivemos partidários da presidente quebrando urnas, tivemos trocas de ofensas e tapas entre deputados por causa de Eduardo Cunha. Tivemos um vice-presidente enviando uma carta cheia de ressentimentos para Dilma Rousseff para tentar pular fora do barco que ele mesmo ajudou a furar.
Temos um presidente da Câmara que a cada dia amplia seu protagonismo na crise política. De um lado o governo que tenta a qualquer custo se manter no poder. Do outro lado, a oposição, que ainda não aceitou perder a eleição democraticamente e para conseguir reverter a situação tenta todas as manobras possíveis.
Uma famosa frase diz: “O caminho até o poder é pavimentado de hipocrisia.” E é isso que estamos vivendo no Brasil. Hipócritas que acusam um golpe, hipócritas que querem derrubar o governo, hipócritas que dizem que querem o bem do país.
Eles estão em guerra por dinheiro e poder, e nós somos as vítimas. Na batalha governo e oposição, só existe um perdedor: o povo. Quem vence a guerra: os prós ou os contra o impeachment da presidente Dilma? E o Eduardo Cunha, será cassado ou não?
Ainda teremos muitas histórias para descobrir e vivenciar. Mas já se sabe, de antemão, que a vergonha tem lugar garantido nesse final, porque quando se fala em política no Brasil, ela sempre é a personagem principal.