Caminhando para emancipação

Quem conhece há bastante tempo o campus local da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT/Rondonópolis) fica surpreso em ver o crescimento atual vivenciado pela unidade. O antigo campus acanhado e modesto vem se espalhando, ganhando novas estruturas e passando a ter ares de instituição de médio porte.
Nesse sentido, a reportagem especial publicada pelo Jornal A TRIBUNA neste domingo (07/09) sobre o campus local da UFMT é importante para que a sociedade rondonopolitana também tenha conhecimento dessas transformações em curso. Notícias como essas fazem com que o público em geral veja que o campus vem avançando, crescendo e se estruturando.
Hoje é gratificante saber que o campus local da UFMT ajuda a fortalecer Rondonópolis como um emergente pólo educacional, com geração de empregos de renda considerável (já são cerca de 300 professores universitários), atração de alunos de diversas partes do Brasil (são quase 4 mil alunos), movimentando o setor de locação de imóveis, além de formação de mão-de-obra capacitada para as demandas da região, com trabalhos ainda em pesquisa e extensão.
O mais importante de tudo é saber que a estruturação do campus, com muitas obras em andamento, acaba representando o cumprimento das exigências estabelecidas pelo Ministério da Educação quanto à emancipação do campus local, para que seja transformado em uma Universidade Federal autônoma. Apesar da estrutura física e da expressiva produção acadêmica, torcemos para que a classe política da região possa abraçar definitivamente a criação da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR). Afinal, como temos visto nos últimos anos, a criação de universidades federais tem sido algo de caráter primordialmente político. A presidência da República, nesse contexto, precisa entender a importância da UFR para atender a população de toda a região Centro-Oeste em se tratando de ensino superior.
Os ganhos da emancipação do campus serão inúmeros e, por isso, o Jornal A TRIBUNA tem sido parceiro dessa causa nos últimos anos. Todos os segmentos da sociedade devem fazer o mesmo: abraçar a causa da UFR para que ela, em breve, possa deixar de ser um sonho e se tornar realidade…