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Top down e Botton UP

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Eleri _UA gestão das organizações está recheada de modelos e estratégias cujos propósitos principais consistem em torna-las mais ágeis e competitivas no ambiente concorrencial.
Nesse sentido, existem principalmente duas abordagens de fluxos, tanto de conhecimento como de informações e até mesmo de decisões, quais sejam a Top Down e a Botton Up. Numa tradução livre: de cima para baixo e de baixo para cima.
Estas abordagens são amplamente utilizadas nos mais diversos campos de estudo, desde a área de TI, engenharia, gestão de organizações, gestão pública e ecologia. Numa visão sistêmica, normalmente ligadas aos aspectos de controle e execução.
Em se tratando de organizações empresariais a composição da estrutura é fundamental, tanto para organizar o processo de tomada de decisão como a operacionalização das ações decorrentes das decisões, sejam elas de desenvolvimento de equipes, inovação ou simplesmente operacionais.
Existe uma estreita relação entre a utilização das abordagens e o nível de democracia que as empresas praticam. Assim, as mais democráticas utilizam com mais intensidade o modelo Botton up e as mais centralizadoras, o modelo Top down.
Normalmente as empresas fechadas, de gestão diretiva e centralizadora tem forte tendência a utilizar o modelo Top Down, uma vez que a gestão, ao ter menor transparência entre os níveis gerencias (operacional, tático e estratégico) requer que a alta direção estabeleça e defina o que, quando e onde devam ser realizadas as ações.
Isso se justifica porque possuem pouca fluidez na comunicação vindo das bases e, mesmo que ocorra, não é suficiente para atingir o topo da gestão, pois esse fluxo não é estimulado.
Por outro lado, em empresas cuja gestão é mais participativa (mesmo existindo níveis hierárquicos claros com papéis bem definidos) com informações que obedecem à fluidez das discussões e dos interesses em cada área, notadamente tem no Botton up sua principal abordagem.
Essas abordagens estratégicas, principalmente de decisão e de inovação, não se resumem à utilização em empresas de pequeno ou médio porte. Na prática ocorrem em empresas de todos os tamanhos, dependendo apenas da filosofia gerencial que é definida como padrão.
A General Electric (GE), por exemplo, uma empresa de atuação mundial, tem um viés Botton Up desde que o famoso Jack Welch assumiu a gestão do conglomerado no início da década de 80, reduzindo a pó o modelo burocrático de até então, implantando diversas inovações gerenciais. É sucesso até hoje.
O exemplo da GE também nos ensina de que tanto um como o outro são modelos de essência. Por isso, não recomendados. Ou seja, enquanto no primeiro tudo ocorre de cima para baixo, da direção para o operacional, no segundo é o contrário. É quando tudo fica nas mãos do operacional que estabelece as demandas e práticas de inovação requeridas e percebidas pela empresa, sendo passadas para o ‘andar de cima’ decidir.
Assim, um modelo de gestão adequado consiste no equilíbrio entre ambos. Tomar decisões eminentemente diretivas sempre tem o risco da dificuldade de implantação, fato que o tático e operacional, ao não serem ouvidos, também não se sentem comprometidos com a execução.
Uma gestão exageradamente democrática, beirando a liberalidade, pode colocar em xeque a autoridade da gestão, principalmente se não houver regras e políticas claras de como o processo pode e deve ser feito.
Por isso, é recomendável que se procure a combinação dos modelos para que as ações de direção e execução sejam facilmente implementadas e ao mesmo tempo não sejam perdidas as oportunidades de inovação, cujo nascimento normalmente ocorre na base de trabalho mais próximo o que se chama de “chão de fábrica”.

Boa semana de Gestão & Negócios.

(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É professor do IBG, workshopper e palestrante – [email protected]

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