E a Travessia Urbana?

Os problemas gritantes que sugiram nas obras da Travessia Urbana da BR-364/163 em Rondonópolis agora fazem parte de um passado recente, que gerou muitos transtornos para os moradores locais e para os usuários dessa rodovia. Quem não se lembra da nuvem de poeira diante de imprevistos que surgiram no trecho entre o antigo aeroporto e o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF)? Ou quem não se lembra dos enormes congestionamentos diante das obras da passagem subterrânea na Vila Mamed?
O convênio entre a Prefeitura de Rondonópolis e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) foi rompido e grande parte dos serviços foi realizada. Mesmo assim, não podemos esquecer que faltam serviços remanescentes a serem concluídos no projeto inicialmente concebido, como a construção de trevos e a duplicação do trecho entre o Trevão e o córrego Lourencinho. Além disso, é crucial que o projeto também contemple a implantação da iluminação pública nos pontos urbanos recém-duplicados, da drenagem em pontos críticos e de obras-de-arte que facilitem o acesso a locais como o novo distrito industrial, às margens da BR-163.
Infelizmente, além de mal gerido, o projeto da Travessia Urbana de Rondonópolis também foi mal concebido. O resultado é que muitos serviços que estavam previstos não foram feitos e outras necessidades urgentes não foram contempladas no projeto. Agora, depois de cinco anos do começo das obras, a conclusão dos serviços remanescentes da Travessia Urbana da BR-364/163 em Rondonópolis, conforme publicado pelo Jornal A TRIBUNA na semana passada, aguarda estudo que está sendo feito pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A obra pode ficar sob a responsabilidade da concessionária da BR-163 ou do DNIT, que nesse caso faria nova licitação.
Apesar de não ser mais responsável pela gestão do projeto, a Prefeitura de Rondonópolis tem o dever de continuar cobrando a finalização dos serviços na Travessia Urbana, até porque o poder público municipal tem sua parcela de culpa nos problemas verificados. Além disso, a sociedade rondonopolitana não pode se acomodar e esquecer a Travessia Urbana da BR-364/163, que precisa ter melhores condições de trafegabilidade. A cobrança pela conclusão dos serviços neste trecho urbano, com as adequações necessárias, não pode parar!