Se fosse antigamente, diriam que enterraram uma cabeça de burro sob a BR-364, em Rondonópolis, pois as obras da travessia urbana insistem em não serem concluídas. As obras iniciaram em 2008 e até agora estão longe de um desfecho.
No princípio, a proposta era que o trecho entre o Lourencinho e o posto da PRF passasse por várias intervenções, que dariam um novo visual para o perímetro urbano de Rondonópolis. Passados quase seis anos, a população não visualizou grandes transformações no trecho. E ainda há muitos serviços a serem realizados, com muitas deficiências no projeto original.
O mais revoltante é que, nesse período todo, foram tantas interrupções nas obras, problemas, polêmicas e transtornos que o projeto da travessia urbana virou uma grande decepção para a população local. Mais recentemente, o prefeito Percival Muniz anunciou que devolveria a responsabilidade dos serviços ao governo federal, sendo aberta uma nova licitação para os serviços remanescentes da travessia urbana. Contudo, infelizmente, tudo agora voltou à estaca zero.
É patente a falta de uma posição definitiva do prefeito Percival Muniz em relação às obras da travessia urbana. Um dia ele diz que vai devolvê-las, outro dia não vai mais e outro dia descobre-se que a Prefeitura nem sequer fez a prestação final de contas do convênio, assim como o convênio referente ao projeto continua vigente. Nessa situação é de se admirar como o governo federal abriu uma licitação para os serviços remanescentes da travessia urbana com tantas pendências em relação ao convênio inicial.
Agora o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) anunciou que decidiu revogar a licitação referente aos serviços remanescentes da travessia urbana e, o que é pior, ainda atrapalha a licitação da duplicação dos 25 quilometros até o Terminal da ALL. Com isso, novamente, a sociedade fica sem saber quando terá um desfecho para essas obras que se arrastam em Rondonópolis.
Diante dessa situação, esperamos que a Prefeitura possa resolver as pendências que ficaram o quanto antes, seja com o Dnit ou com a empreiteira Objetiva. Se houve erros em outras gestões, a atual precisa saná-los. Se ela vai continuar com a gestão das obras, precisa tomar as formalidades necessárias. A sociedade não pode ser a maior prejudicada novamente.