Que a prorrogação do prazo para o recadastramento biométrico em Rondonópolis, anunciado ontem pela Justiça Eleitoral, sirva para que os eleitores da cidade pensem um pouco mais na necessidade de continuar votando e de manter o número de eleitores que a cidade já possui, pois não cadastrar o título e deixar de votar não significa sinal de protesto contra a classe política. Protesto se faz na urna, votando em pessoas que realmente representem a sociedade e deixando de fora figuras indesejáveis, porque os representantes de uma nação apenas são o reflexo dela mesma.
Além disso, o não cadastramento e a diminuição do número total de eleitores da cidade será um dano para o próprio município, que terá uma participação menor em certos programas do governo federal, podendo ainda amargar uma redução dos recursos obtidos para diversas áreas.
Com a queda da representatividade política, também podem vir outras dificuldades, como a diminuição de emendas parlamentares direcionadas ao município, que novamente apontam para recursos reduzidos.
Se a cidade perde, perdem ainda os próprios eleitores que, sem o título, não podem tirar passaportes, estudar em universidades públicas, serem contratados para órgãos públicos e não obterem alguns tipos de financiamentos em bancos públicos.
Deixar de recadastrar como forma de protesto é mera ilusão. Para se protestar, é possível fazê-lo no dia das eleições, pensando muito bem em quem quer que vá representa-lo, como vereador, prefeito, governador, deputado estadual ou federal, senador e presidente. É assim que funciona o nosso sistema de governo.
Depois, será a hora de fiscalizar, cobrar, se manifestar, enfim, exercer a democracia.