A ida da Secretária Municipal de Saúde, Ione Rodrigues, até a Câmara Municipal na sessão de quarta-feira, 8, para responder os questionamentos dos vereadores sobre os muitos problemas que vêm sendo enfrentados pela saúde pública municipal, estava carregada de expectativas.
Contudo, como mostrou o A TRIBUNA ontem, não saiu como esperado. Pois, muitas perguntas feitas pelos vereadores sobre a situação de calamidade do setor ficaram sem respostas por parte da secretária.
Bem à vontade, Ione Rodrigues “nadou de braçadas” durante as duas horas de sabatina, já que contou a seu favor com o formato adotado pela mesa diretora da Câmara Municipal para a realização da sabatina, que durou mais de duas horas.
Ela, primeiro ouviu os questionamentos dos vereadores inscritos e depois respondeu de uma só vez, não havendo espaço para se fazer o contraponto, ou o debate com o parlamentar.
Aliás, vale o registro que ela acabou respondendo só o que quis e ignorou temas mais espinhosos, como sobre as informações extraoficiais da existência de um furo de mais de R$ 8 milhões na pasta, bem como esclarecimentos sobre a aquisição e ao pagamento de medicamentos, alvo de muitas polêmicas na pasta da Saúde.
No geral, seguindo a linha, ou a orientação, do prefeito José Carlos do Pátio, que esta semana transferiu o seu gabinete para dentro da Secretaria de Saúde, e um dia antes chamou a imprensa para anunciar medidas para resolver os “gargalos” do setor, a Ione Rodrigues buscou minimizar os vários problemas na área da saúde que são relatados diariamente por aqueles que buscam o serviço.
De quebra, a secretária ainda afirmou que o caos que tentam “pintar” sobre a saúde local não passa de uma narrativa que adversários políticos tentam construir em véspera de eleição.
Para ela, são problemas pontuais causados pelo aumento da demanda de atendimentos, além de alguns problemas com fornecedores como justificativa para a falta de insumos.
Diante da insatisfação dos vereadores de que várias perguntas não foram respondidas, o líder do prefeito na Edilidade, vereador Reginaldo Santos (PSB), assumiu o compromisso da secretária encaminhar as respostas, por escrito, até o dia de hoje.
Por fim, como diz um velho ditado popular, “a montanha pariu um rato”. Ou seja, do que se esperava muito, acabou sendo decepcionante, sem resultados práticos.