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Rondonópolis
, 18 maio 2024
 
 

O preço da vida de um inocente

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Por muito tempo, o Jornal A TRIBUNA defendeu a implantação em Rondonópolis de uma UTI Neoatal, voltada para recém-nascidos de até 28 dias. Foram muitos anos de luta, de denúncias, de sofrimentos e de mortes testemunhadas por famílias do município. Os 10 primeiros leitos de UTI Neonatal foram instalados, mas não foram suficientes mas amenizar a triste problemática da saúde pública na região de Rondonópolis.
Acreditávamos que estaríamos resolvendo um problema, mas infelizmente a realidade não tem sido bem assim. Atualmente, para atender a demanda de uma região com cerca de 500 mil habitantes, os 10 leitos de UTI Neonatal não têm sido suficientes. Muitos pais têm enfrentado a angústia da luta por uma vaga de UTI em Cuiabá ou outra cidade de Mato Grosso.
Para piorar, a região polarizada por Rondonópolis continua sofrendo as sequelas de não ter nenhum leito sequer de UTI Infantil, voltada para crianças de 29 dias até 12 anos de idade. O resultado dessa demanda não atendida é que, entre 2011 e 2012, foram 10 crianças mortas sem atendimento de UTI em nosso município. Os números tendem a aumentar, já que os serviços não são supridos.
Diante da inércia do Estado, há anos que o Ministério Público tem lançado mão de medidas judiciais para reverter esse quadro de falta de UTIs para atender nossos pequeninos. Nesta semana, conforme noticiado pelo Jornal A TRIBUNA, duas novas decisões judiciais deram uma nova esperança de que esses serviços essenciais podem sair. Entre as decisões, uma delas – do Tribunal de Justiça de Mato Grosso – confirma a sentença local que obriga o Governo do Estado a implantar mais leitos de UTI Neonatal em Rondonópolis.
Assim como bem externou o promotor de Justiça Ari Madeira Costa ao Jornal A TRIBUNA, é lamentável que uma questão de vida ou morte de crianças tenham que parar à mesa de juizes, em disputas judiciais quase intermináveis. Concordamos que é revoltante que uma questão tão importante quanto a vida de inocentes crianças tenham que enfrentar a morosa justiça brasileira. A vida desses pequeninos não tem preço! Ademais, nem precisa lembrar que a saúde pública é direito do cidadão e um dever do Estado.
Seria muito bom se tivéssemos autoridades públicas que cumprissem suas obrigações básicas, não precisando recorrer em desgastantes batalhas na Justiça. Enquanto isso, resta-nos continuar lutando pela vida desses pequenos de todas as formas possíveis…

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