A emenda não vai ficar pior?

Esta expressão nunca foi tão acertada, em se tratando de Rondonópolis na atualidade, dadas as circunstâncias bastante preocupantes que envolvem a saúde pública do município.
O anúncio de um contrato entre a municipalidade local e a prefeitura de Poxoréu, para desafogar o problema das cirurgias eletivas da cidade, que remontam à casa dos milhares e estão por ser realizadas  em alguns casos, trouxe mais preocupação que alívio, para quem está nessa fila à espera da tão sonhada cirurgia.
A solução encontrada pela prefeitura municipal está suscitando muitos questionamentos, incluindo da classe médica, quanto a questões técnicas. Sim, porque diariamente, são trazidos pacientes daquele município e região para atendimento médico nos hospitais de Rondonópolis e, na maioria das vezes, por problemas bem simples.
O questionamento é quanto aos investimentos que serão feitos nessa parceria. Eles não seriam melhor utilizados se aplicados aqui, nas unidades locais? Num caso de intercorrência médica durante uma cirurgia, existe suporte médico e técnico suficiente para resolver o problema? E a questão do período de convalescência? Existe acomodação suficiente para todos? E as despesas de transporte e acomodação dos paciente e acompanhantes? São perguntas que até agora não tiveram respostas. A preocupação da municipalidade em encontrar solução para o problema, merece consideração, mas será que essa solução é a mais viável e segura para a população? Como bem diz o dito popular, a pressa é inimiga da perfeição.
A torcida, é lógico, é para que essa idéia pouco convencional, dê certo, apesar dos transtornos que vai causar aos supostos beneficiados. E o mais curioso nisso tudo é que Rondonópolis, com seus 200 mil habitantes, todo o seu “status” de cidade pólo-referência sócio econômico da região Sul, se vê obrigada a pedir socorro justamente a quem socorre todos os dias.
Mas uma outra pergunta também tem ganhado corpo junto aos munícipes locais: é quanto às obras do Centro de Especialidades (CEADAS), que estão prontas ao lado do PA, desde o final da gestão anterior, e até hoje não foram inauguradas e utilizadas pela população. Por que? O que está acontecendo nesse caso? Com a palavra, os nossos digníssimos representantes…